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Casais escondem tratamento de reprodução assistida

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noÉ comum um casal revelar que está fazendo tratamento para engravidar, mas, após algumas tentativas frustradas, omitir o assunto. “Eles temem ser pressionados demais”, diz o Prof ° Dr. Joji Ueno, ginecologista, diretor da Clínica Gera, em São Paulo (SP).
Ueno conta que é comum observar casais que há anos sofrem por não engravidarem e por se sentirem pressionados por parentes e amigos, “situação que cria um grande mal estar. A cada nova inseminação que não vinga, o casal sente, novamente, o quanto a curiosidade alheia incomoda”, diz o médico, que também dirige o Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo.
Para estes casos, Joji Ueno recomenda que a melhor conduta é retomar o tratamento de fertilidade, sem alarde. “É possível dividir dúvidas e angústias com o companheiro ou com um profissional especializado no atendimento psicológico a casais que enfrentam problemas para engravidar. A maioria das clínicas conta com esta estrutura multidisciplinar”, diz o médico.
Por segurança e autopreservação, os casais que já passaram por vários procedimentos para engravidar só costumam revelar aos familiares e aos amigos “a boa nova”, depois que o ultra-som confirma a gravidez.
Segredos de família
Outro motivo que faz os casais esconderem a ajuda da ciência para engravidar é preservar a intimidade familiar. “Por isso, não cabe julgar a preferência pelo anonimato. A decisão de contar ou não o modo como o filho foi concebido é, acima de tudo, pessoal. A reprodução assistida, embora seja condenada por muitos, não seja aceita por algumas religiões, não é um erro, não é uma atitude ilegal. Ninguém precisa se sentir culpado. Cabe apenas ao casal decidir os rumos que deseja dar a nova família que está em formação”, assegura Joji Ueno.
Para facilitar este processo, aceitar a limitação do corpo para conceber naturalmente é o primeiro passo para diminuir o próprio preconceito contra os tratamentos que envolvem as técnicas de reprodução humana assistida. “A infertilidade é um luto a ser elaborado. Se não houver aceitação desta condição, permanece o sentimento de impotência diante da concepção”, diz o diretor da Clínica Gera. O segundo passo para lidar bem com o tratamento é interar-se sobre o assunto, pois a informação atenua a resistência ao que é novo. “Trocar experiências com pessoas na mesma situação ajuda muito a compreender melhor o problema”, recomenda o médico.

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