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A curiosidade vencendo a preguiça

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Eleri _UA curiosidade e a preguiça parecem duas palavras que embora não sejam antônimos, na prática podem atuar como tal. Quem tem muita curiosidade normalmente busca mais soluções e enfrenta melhor as adversidades, vencendo a preguiça de procurar, se esforçar e encontrar.
A curiosidade é a matéria prima de muitos fatos e ocorre em maior ou menor grau, em praticamente todas as espécies animais. Nos humanos, desde quando somos criança, a curiosidade nos guia para a aprendizagem. É baseado nela que descobrimos o mundo e também em função dela somos tolhidos pela vida.
É atribuída a Einstein uma frase que resume bem a importância da curiosidade. Segundo o notório: “a curiosidade é mais importante que o conhecimento”. Assim, a julgar pela lógica de que o conhecimento é dinâmico e fluído, deve ser a curiosidade que faz com que a cada dia a humanidade seja capaz de gerar mais conhecimento e tornar o mundo melhor e a sociedade mais competitiva.
A preguiça por seu turno possui interpretações diversas. Embora etimologicamente sua origem diga respeito a ‘aversão ao trabalho’, não é nesse sentido que se faz referência aqui. Mas sim aquele indivíduo avesso a atividades que mobilizem esforço mental, um dos principais gaps de avanço da sociedade.
Mas não vamos exagerar, a preguiça tem alguns aspectos positivos. Pode fazer bem, por exemplo, quando relaxamos o corpo e a mente, tende a ser saudável, dando uma pausa ou reduzindo o ritmo intenso do nosso dia-dia. É uma forma de oxigenar a mente, podendo tornar-se bastante produtivo. É pernicioso quando se torna um estado permanente ou letárgico.
Também pode ser associado à própria evolução, num sentido antagônico ao de atraso e lentidão. O poeta e frasista Mario Quintana defendia que “A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda”.
Obviamente que do ponto de vista histórico, não faz sentido, mas filosoficamente nos faz remontar a percepção de que reduzir esforços é típico dos preguiçosos. Nesse caso, talvez curiosidade e preguiça possam inclusive estar associadas para criar o progresso.
Mas, de certo modo, existe determinada relação de proporcionalidade entre a curiosidade da inovação e a preguiça. Quando a curiosidade é maior que a preguiça, o avanço é certo e normalmente perene, do contrário, há mais do mesmo ou até retrocessos.
Vencer a preguiça não deve estar baseado apenas na vontade. Pode ser funcional para atividades físicas ou esforços mecânicos, mas tem pouco resultado quando se trata de aprendizagem e conhecimento.
Ter vontade de buscar, pesquisar ou saber, nesse caso, está relacionado principalmente à curiosidade. Essa lógica associada à capacidade de gerar retornos competitivos nas empresas empresta um gás adicional para que elas busquem novos processos, desenvolvam novos produtos ou apenas melhorem o que já fazem.
Emprestar ou dar vazão à curiosidade dos colaboradores pode ser um caminho interessante. Os estudiosos da área defendem criar ‘campos de interação’ em ambientes flexíveis, o que justamente torna-se uma forma de incitação.
Outro aspecto central é nunca tolher a curiosidade da equipe ou procurar direcionar energia para que a curiosidade vença a preguiça. Ela, associada à esperança é o motor que sustenta os avanços.
Boa semana de Gestão & Negócios.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor do IBG, workshopper e palestrante–[email protected]

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