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, 15 maio 2024
 
 

O papel da espirituosidade na gestão

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Perde-se o amigo, mas não se perde a piada. Essa é uma máxima de boteco e que traduz a maneira suave e descomprometida de encarar as relações pessoais e manifestar a importância que a espirituosidade pode assumir socialmente.
Para não gerar qualquer equívoco de interpretação do contexto que segue, é necessário destacar que a espirituosidade e a espiritualidade são aspectos distintos da relação humana, embora em determinada medida, e algumas circunstâncias, cumpram papéis semelhantes.
Ambas podem contribuir para arrefecer os ânimos, relaxar a tensão organizacional e tornar as relações menos dolorosas, mais simples e compromissadas com o aspecto humano, embora utilizem processos, obviamente, díspares e distantes.
Desse modo, a espirituosidade diz respeito a encontrar graça nas questões difíceis, despretensiosamente, mas sem empurrá-las para baixo do tapete. Na essência é trazer leveza para as relações humanas colocando-as no centro do ambiente empresarial ao invés dos problemas em si. É um aspecto empregado com êxito por grandes líderes, como ferramenta para melhorar o clima organizacional, tornando as relações menos ásperas e os problemas mais palatáveis.
Dotar os gestores de espirituosidade, no entanto, requer empatia, treino e uma boa dose de autoconhecimento, além de funcionar melhor com equipes maduras. Mas cada um pode se monitorar um pouco e fazer a sua parte. Vai perceber a diferença na equipe e nos resultados em questão de dias.
Não faço apologia aos irresponsáveis ou àqueles que levam tudo na brincadeira, pelo contrário. Gerenciar organizações imputa aos líderes grandes responsabilidades de toda ordem, mas como diz um amigo, para ser um profissional sério não é necessário tomar banho de terno, basta ser responsável.
E afinal, quem gosta de chefes carrancudos, mal-humorados e que sequer entendem as piadas contadas na hora do café? Ou que nunca conseguem relaxar e conversar com os seus pares sobre nada que não seja sério ou que esteja diretamente relacionado às suas atividades na empresa?
Normalmente eles próprios acabam sendo motivo de piadas e zombarias nos encontros fora do ambiente empresarial, embora acreditem piamente que os únicos a possuírem apelidos, por exemplo, sejam os estagiários ou os funcionários recém-chegados. Podem ter certeza, a vida corporativa também é dura para os chefes.
A espirituosidade pode ser encarada inclusive como um dom pessoal. Um atributo dos bons gestores e que se sentem confortáveis fazendo graça na desgraça, justamente por se sentirem confiantes e seguros das suas responsabilidades, deixando por sua vez, os seus colaboradores e subordinados cientes das expectativas, mas mais à vontade e instigados a procurar alternativas por si e não com medo de levar uma bronca por apresentarem um problema e uma solução.
Chefes limitados ou medíocres, normalmente possuem equipes medíocres. Já passou o tempo em que bons profissionais toleravam superiores incompetentes, fechados e até invejosos. Por isso, o bom humor e a cumplicidade tornaram-se, acima de tudo, ativos fundamentais na gestão das organizações atuais.
Os gestores ‘do ontem’, normalmente não são capazes de imaginar que brincar faz dos seus colaboradores profissionais mais felizes e mais produtivos. Que a cumplicidade cria relações mais duradouras e compromissadas, não o contrário. É a diferença entre executar pelo medo da punição ou pelo compromisso da parceria. Está mais que provado que rir é um excelente remédio para muitos males, dentre eles o próprio e inerente estresse organizacional.
Mas cuidado com a falsa espirituosidade. Aquela que machuca ao invés de relaxar. A piada jocosa que ofende e quando usada reiteradamente na cobrança quase se torna assédio moral. Pode iniciar na ironia e descambar para a baixaria.
A espirituosidade precisa ser legítima, não inventada. Talvez por isso, no fundo, seja muito séria.
Boa semana de Gestão & Negócios.
(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É diretor de relações com o Mercado do IBG, professor e palestrante – [email protected]

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