A falta de professores levou várias escolas da rede municipal a não começarem ou começarem com parte das turmas o ano letivo de 2018. A explicação dada pela secretária municipal de Educação (Semed) é de que se tratam de problemas pontuais, havendo a promessa de que até a próxima semana estarão sanados e, com isso, os alunos poderão finalmente começar suas aulas.
De acordo com a secretária Carmem Garcia Monteiro, o problema já é do conhecimento da pasta e as providências para resolvê-lo já estão sendo encaminhadas. “Nós já reunimos a equipe da Semed e eles me falaram que existe de 5 a 7 escolas com problemas de falta de professores, porque a Secretaria não conseguiu enviar professores para essas unidades. O problema é que os professores aprovados no Seletivo acharam essas unidades muito distantes ou estão com problemas para apresentar a documentação necessária para tomar posse. Tratam-se de escolas periféricas e muita gente não se interessa a dar aula nesses locais”, esclareceu.
Ainda de acordo com a secretária, esses profissionais aprovados no Seletivo realizado pela Semed no mês de janeiro estão sendo convocados por ordem de classificação mas, quando são escolhidos para alguma escola mais periférica ou mais distante do centro, elas preferem não assumir e aguardar que surja vaga em alguma escola mais conveniente a eles. “Há também o caso de professores que também foram selecionados pelo Estado e que houve choque de horários. Há outros casos também, mas o problema é que esses professores deixam para comunicar o problema para a gente na última hora, gerando esse tipo de problema”, continuou.
Ela ainda informou que há casos como o da Umei José Reis Sales, que fica no bairro Parque São Jorge, em que há duas vagas para professores substitutos, mas por um período muito curto. “Aí eles não aceitam, preferem esperar aparecer uma vaga por mais tempo”, emendou Carmem Monteiro.
Entre as soluções apontadas pela secretária para sanar a situação está a convocação de professores efetivos da rede municipal para cobrirem as faltas. “Nós vamos passar esse fim de semana trabalhando para convocar os próximos da lista e efetivos, pois temos que garantir os 200 dias de ano letivo e a carga horária de 800 horas para os nossos alunos, que não podem ser prejudicados pela situação. Esse é um problema que sempre aparece no início do ano letivo e vamos procurar saná-lo para o ano que vem, para evitar que esse tipo de coisa volte a acontecer no futuro”, informou.
Entre as medidas que a Semed pode adotar para os seus próximos seletivos está a exigência antecipada dos documentos necessários para a investidura no cargo, para evitar casos como o de profissionais selecionados que ainda não tinham sequer concluído o curso superior. “O problema é que a maioria das pessoas não leem o edital do Seletivo e não mantêm os documentos para a posse prontos. Aí, na última hora, descobrem que não têm todos os documentos que precisa. Aí vira essa confusão, mas nós vamos procurar uma forma de resolver isso para o ano que vem”, concluiu.
