Em uma parte, devido ao desmatamento, formou-se uma enorme cratera e um canal de água secou
Parte da área de 146 hectares que compreende o Parque da Seriema, margeando a Avenida Poguba, ao lado da Vila Goulart, está sendo desmatada para construção de casas e de condomínios na localidade e na região. A informação foi repassada pelo vereador Jailton Dantas (PSDB), membro da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal. Ontem, no local, a reportagem do A TRIBUNA constatou que várias máquinas e caminhões estão cada vez mais desmatando a área verde do parque.
A primeira clareira começou a ser aberta ao lado do prédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, chegando à altura da entrada da unidade II de um condomínio fechado. Já a outra clareira, a maior delas, está localizada entre o Residencial Bela Vista e o começo da Avenida Beira Rio. No local, devido ao desmatamento, formou-se uma enorme cratera e um canal de água secou.
Segundo o vereador Jailton, os responsáveis pelo desmatamento lhe informaram que tem a área como particular, pois não receberam qualquer notificação da Prefeitura sobre a abrangência do Parque da Seriema. “Na gestão passada, o ex-prefeito Percival Muniz, criou por meio de um decreto o Parque da Seriema com 125 hectares. O prefeito Zé Carlos do Pátio (SD) revogou o decreto do ex-prefeito e criou novamente o parque, mas com uma área de 146 hectares. Depois desta decisão, não comunicou aos donos das áreas sobre a extensão do parque e nem promoveu a desapropriação da área ampliada”, explicou.
Ele ainda criticou os técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que foram pagos para a realização dos estudos de impactos ambientais e não se atentaram a ampliação da área e os danos ao meio ambiente que começaram a ocorrer.
A área onde será implantado o Parque da Seriema abrange 146 hectares, onde se pretende construir edificações/estruturas para uso público, como pista de caminhada, pontos de observação, ciclovia, entre outros equipamentos e infraestrutura necessários.
Atualmente, o espaço destinado ao parque é formado apenas por vegetação nativa, não podendo ser usado pela população. Para a real instalação do parque, o Município dispõe de R$ 7 milhões, que estão retidos no Fundo Municipal do Meio Ambiente para o projeto.
