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Ministro do STF autoriza perícia em vídeos de delação

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Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux – Foto: Arquivo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, autorizou a realização de perícia nos áudios e vídeos contidos na delação premiada do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), que resultaram na Operação Malebolge, 12ª fase da Operação Ararath. Entre os vídeos, estão os gravados pelo ex-assessor do ex-governador, Silvio Araújo, que flagrou deputados recebendo maços de dinheiro, supostamente a título de propina, para apoiar o Executivo. As perícias atenderam pedido formulado pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e deverão tirar a dúvida se houve ou não edição ou manipulação das imagens.
“A suspeita de irregularidades praticadas no ‘alto escalão do governo do Estado de Mato Grosso’ demanda esclarecimentos quanto à eventual participação de detentor de prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal, no envolvimento, em tese, em organização criminosa”, diz trecho da decisão de Fux.
Ele ainda determinou a baixa dos autos à Polícia Federal para a realização de oitiva dos colaboradores Silval Barbosa, Sílvio César Corrêa Araújo, Genir Martelli, Rodrigo da Cunha Barbosa e Pedro Nadaf.
Foram filmados recebendo dinheiro o ex-deputado estadual e atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro; a prefeita de Juara, Luciane Bezerra; o deputado federal, Ezequiel Fonseca; os ex-deputados estaduais Hermínio Barreto e Alexandre César; o parlamentar José Domingos Fraga.
FLAGRADO DE PIJAMA
As câmeras de segurança do prédio onde o deputado afastado Gilmar Fabris reside, em Cuiabá, flagraram o momento em que ele deixa seu apartamento, cerca de 20 minutos antes da Polícia Federal chegar para o cumprimento da Operação Malebolge. Nas imagens do dia 14 deste mês, divulgadas pelo HiperNotícias, Fabris aparece dentro do elevador de seu edifício no bairro Santa Rosa de pijama, chinelos e com o cabelo despenteado, junto da esposa. Eles seguem para a garagem do prédio e entram em uma caminhonete Range Rover para deixar o local.
Ele sai de casa por volta das 5h36 com uma pasta preta nas mãos. Já às 5h53, aparecem policiais federais para cumprirem o mandado de busca e apreensão na operação deflagrada com base na delação do ex-governador Silval Barbosa. Na ocasião da operação, a Polícia Federal chegou a procurar o deputado pelas ruas de Cuiabá, porém não o encontrou.
Por este motivo, no dia seguinte, Fabris foi acusado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de obstrução da Justiça ao deixar seu apartamento às pressas – e foi preso pela PF.
A defesa de Fabris, por sua vez, negou que ele tenha fugido. Afirmou que ele não trajava pijamas e estava de chinelo em decorrência de um edema em seus pés. Apontaram ainda que a intenção era de ir até a casa do secretário municipal de Várzea Grande, Jayme Campos (DEM), porém, como não conseguiu, ele foi até uma lanchonete, depois almoçou em um restaurante e teve um “dia normal”. Além disso, a defesa afirma que a pasta do deputado é “inseparável”, uma vez que ali ele carrega alguns pertences como telefone celular, papel, canetas, bem como seus remédios de uso controlados.

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