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Rondonópolis
, 14 maio 2024
 
 

“Rondonópolis sempre teve vocação para o progresso”

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O odontólogo Vitor Hugo Santos é o entrevistado desta semana da série especial do Jornal A TRIBUNA que conta um pouco da história de pioneiros ainda vivos de Rondonópolis. Ele foi um dos primeiros dentistas formados a atuar no município, chegou a ser eleito vereador por um mandato e também foi radialista por cerca de 30 anos, evidenciando sucessos antigos. Pessoa de muitos amigos e conhecidos em Rondonópolis, Vitor Hugo conta sua trajetória para as páginas do Jornal A TRIBUNA. Confira:


Dentista Vitor Hugo Santos, hoje aposentado: “o município de Rondonópolis sempre teve muita sorte com profissionais da área da Odontologia” - Foto: Deivid Rodrigues/A TRIBUNA
Dentista Vitor Hugo Santos, hoje aposentado: “o município de Rondonópolis sempre teve muita sorte com profissionais da área da Odontologia” – Foto: Deivid Rodrigues/A TRIBUNA

Nascido no município vizinho de Guiratinga, em 7 de abril de 1941, Vitor Hugo Santos possui hoje 76 anos de idade. Atualmente está aposentado, mas construiu uma trajetória de referência na Odontologia em Rondonópolis, onde foi um dos primeiros dentistas formados. Também teve contribuição em diversas outras áreas do município.
O pioneiro saiu da sua cidade natal aos 11 anos de idade, em 1952, e fez o antigo Ginásio no Colégio Salesiano São Gonçalo, em Cuiabá. Em 1956, mudou-se para Campo Grande (hoje Mato Grosso do Sul), onde fez o antigo Científico no Colégio Salesiano Dom Bosco. Depois mudou-se para o Rio de Janeiro (RJ), para fazer o pré-vestibular e a faculdade.
Vitor Hugo acabou se formando na Faculdade Nacional de Odontologia, na antiga Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Também fez estágio de um ano no Hospital dos Servidores do Estado do Rio, concluindo a formação no ano de 1967.
Sua mudança para Rondonópolis ocorreu em 1968, quando ainda estava solteiro. “O ideal de todo mundo que saía era voltar para a terra natal, só que no meu caso não voltei para Guiratinga, mas para Rondonópolis, estimulado por alguns colegas que se formaram antes de mim”, explica. Seu consultório sempre esteve sediado na Rua Otávio Pitaluga, entre as avenidas Amazonas e Marechal Rondon.
Vitor Hugo acredita que foi o quarto dentista formado a atuar na cidade, após profissionais como Altamirando de Araújo Miranda, Juarez Pinto e Julio Yoshio. Ao longo do tempo, atesta que a Odontologia no município evoluiu muito. O trabalho de educação em saúde bucal em Rondonópolis, segundo ele, era bastante tímido no começo. “Comparado com a realidade hoje é uma coisa muito distante”, aponta ele, analisando que desde aquele tempo se praticava uma boa Odontologia na cidade.

Nesse registro antigo, Vitor Hugo (sentado), quando era vereador, junto do comunicador Samuel Logrado, por ocasião da aprovação do projeto da criação do título “Aroldo Marmo de Souza”, na Câmara - Foto: Acervo/A TRIBUNA
Nesse registro antigo, Vitor Hugo (sentado), quando era vereador, junto do comunicador Samuel Logrado, por ocasião da aprovação do projeto da criação do título “Aroldo Marmo de Souza”, na Câmara – Foto: Acervo/A TRIBUNA

Na época em que chegou, o odontólogo diz que os serviços na cidade eram mais de tratamento de canal, tratamento de gengiva, extrações e havia pouca coisa em ortodontia. “Fiz clínica geral todo o meu período de atuação profissional”, repassa. Uma das grandes dificuldades era para encontrar protético, tendo até que buscar esses profissionais em outras cidades. Com o tempo vieram as diversas especialidades na área odontológica e aumentando expressivamente a quantidade de profissionais.
Vitor Hugo foi um dos fundadores da Associação Odontológica de Rondonópolis. “O município de Rondonópolis sempre teve muita sorte com profissionais da área da Odontologia, com pessoal muito dedicado, sempre procurando evoluir e orientar a população da melhor forma. Hoje o grau de conhecimento da necessidade de uma boa saúde oral é muito grande, graças ao trabalho dos odontólogos, lembrando que nosso papel principal é educar a população”, entende o profissional.
Na vida política, o pioneiro foi eleito vereador no ano de 1982, junto com personalidades como Percival Muniz e Amélia Stefanini. Ele acredita que seu bom relacionamento na sociedade, com as pessoas de forma geral, influenciou na sua eleição. Seu mandato foi durante a gestão do então prefeito Carlos Bezerra, hoje deputado federal. Contudo, por opção própria, decidiu não se candidatar à reeleição.
Na sociedade local, atuou também em vários outros lugares. Vitor Hugo fez parte da Maçonaria, na Loja Estrela do Leste, e foi o primeiro gerente do Serviço Social da Indústria (Sesi) em Rondonópolis, na gestão de Otacílio Borges Canavarros frente a Fiemt. Também na sua gestão, o Sesi teve a construção da sua sede na cidade, junto à BR-364, onde funciona até hoje.
Quanto à parte cultural do município, o pioneiro lembra da concorrida exposição agropecuária, das festas e bailes na antiga Associação Bancária Rondonina (ABR), que depois virou o Canadá, e no Rondonópolis Clube, desativado. “Rondonópolis sempre teve uma juventude animada. A cidade sempre teve um futebol animado também, sempre fui torcedor do União”, acrescenta.
Em 1973, Vitor Hugo casou com a professora Sônia Deveza, que por muitos anos foi proprietária da Escola Recanto Infantil Monteiro Lobato. Eles não tiveram filhos. Também fez concurso, sendo aprovado, para o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (o Inamps), prestando por muitos anos serviços odontológicos para o órgão. Inclusive, aposentou há cerca de 15 anos pelo Inamps.
O pioneiro ficou bastante conhecido em Rondonópolis por sua atuação na rádio. Por cerca de 30 anos, ele apresentou um programa musical chamado de “Vitor Hugo e a Saudade”, na Rádio Clube AM, com sucessos antigos. Por essa atuação radiofônica, sua voz ficou bastante conhecida na cidade.
Em relação a Rondonópolis, ele espera que o município continue melhorando em todos os setores, apontando para a existência de uma boa educação e de uma vida religiosa bastante intensa. “Rondonópolis sempre teve vocação para o progresso, e continua sendo uma cidade progressista. É um ponto de convergência de várias cidades… Acho que a tendência é crescer cada vez mais!”, avalia.

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