Transporte coletivo pode parar dentro de 72 horas

Os trabalhadores do transporte coletivo de Rondonópolis poderão deflagrar greve dentro de 72 horas a contar das 16 horas de ontem, horário em que a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Setrat) e a empresa Cidade de Pedra foram comunicadas da decisão dos trabalhadores, tomada em assembleia geral realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas dos Transportes Terrestres de Rondonópolis (STTRR).
“Os trabalhadores decidiram pela greve porque já foram três tentativas, sem sucesso, de negociação do reajuste salarial. A categoria quer o seu reajuste anual que tem data base no mês de maio. A empresa está intransigente em reajustar os salários e agora não temos outra alternativa a não ser exercer o direito de greve”, justificou Luiz Gonçalves, presidente do sindicato.
Ele explica que, conforme a legislação, antes da greve, a empresa tem que ser comunicada com uma antecedência de 72 horas. “Já comunicamos a empresa assim como manda a lei da greve. A contar do prazo de 72 horas, qualquer hora a greve poderá ser deflagrada. É bom a população já ficar atenta”, alerta o sindicalista.
DEMISSÕES
Mais de 70 trabalhadores do transporte coletivo de Rondonópolis foram demitidos nos últimos meses. A informação é do presidente do STTRR, Luiz Gonçalves. “O transporte coletivo de Rondonópolis, a cada dia que passa, vem operando com mais dificuldades. Quem vêm pagando o pato são os trabalhadores que estão sendo demitidos. A Prefeitura de Rondonópolis é a responsável em fomentar ações para manter o equilíbrio financeiro da empresa que opera o serviço, mas não vem cumprindo o seu papel”, argumenta o sindicalista.
Conforme Luiz Gonçalves, a Cidade de Pedra tinha 220 trabalhadores e hoje está com apenas 150. “As demissões começaram em outubro do ano passado e prosseguiram até agora. Os postos de recarga de cartão também foram fechados para conter gastos, segundo a empresa. O transporte coletivo que deveria estar sendo melhorado e apresentando eficiência vem, cada vez mais, se definhando. A concessão do serviço está há três meses vencida e a prefeitura não resolve”, ressaltou.