Não é de agora que a saúde pública em Rondonópolis não vai nada bem. O que se ouve diariamente, há um bom tempo, por todos os veículos de comunicação e redes sociais, são queixas e mais queixas da população de uma verdadeira situação de caos.
São filas imensas pelos postos de atendimentos, principalmente na UPA e no Pronto Atendimento Infantil, o PAzinho. Além da falta de medicamentos, materiais básicos e insumos nas unidades básicas de saúde.
No entanto, ontem, o prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB), repentinamente, “acordou” para o problema e amanheceu despachando de dentro da secretaria municipal de Saúde. Para interlocutores, Pátio disse que só sairá de lá após resolver todos os “gargalos” do setor.
Ao longo do dia, segundo o A TRIBUNA apurou, o prefeito esteve bastante exaltado reunido com a equipe gestora da pasta, discutindo os muitos problemas enfrentados pela saúde pública municipal, que ele “demorou” a descobrir que existem e penalizam a população que necessita de atendimento e assistência.
Desmoralizada pelo prefeito, que quer com esta sua atitude passar a ideia para a opinião pública que a situação calamitosa vivenciada na saúde não é sua responsabilidade, a secretária Ione Rodrigues deverá ir até Câmara Municipal, com o ‘atestado de incompetente’ concedido por Pátio, dar explicações aos vereadores, no plenário, sobre os vários problemas enfrentados pelo setor.
Ione, como o A TRIBUNA já noticiou, foi convocada para comparecer na sessão de amanhã (8). A aprovação da sua convocação se deu há cerca de 15 dias e foi solicitada por 14 vereadores.
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O prefeito Zé Carlos do Pátio, que está prestes a terminar o seu mandato, precisa ir além de medidas paliativas e meramente eleitoreiras como o que está fazendo agora, já que, como se sabe, a campanha eleitoral para a escolha do seu sucessor bate à porta e o caos na saúde, com toda certeza, está respingando no seu candidato a prefeito.
A crise da saúde pública municipal, como também se sabe, não é resultado da falta de recursos, já que o setor fica com a maior fatia do bolo do orçamento bilionário da cidade. Mas, sim, o sintoma de uma gestão pública que não tem o mínimo de planejamento, é centralizadora e desprovida de estratégias eficazes.