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“Números são alarmantes”, diz coordenador do Samu

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Somente nos quatro primeiros meses de 2017, o Samu registrou 22.311 trotes. O ano de 2015, fechou com 78.480 trotes e 2016, com 75.515

Ambulâncias chegam a ter saídas devido aos trotes - Foto: Roberto Nunes/A TRIBUNA
Ambulâncias chegam a ter saídas devido aos trotes – Foto: Roberto Nunes/A TRIBUNA

O coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o médico Heusnan Lima Freitas avaliou ontem à reportagem do A TRIBUNA como alarmantes os números de trotes telefônicos que o serviço vem recebendo a cada ano.
Somente nos quatro primeiros meses de 2017, o Samu registrou 22.311 trotes. O ano de 2015, fechou com 78.480 trotes e 2016, com 75.515. Ele explicou que a central de atendimento do Samu, localizada na sede do Centro de Controle e Inteligência (C3i), no centro da cidade, regula chamados do Samu das cidades de Rondonópolis, Primavera do Leste, Campo Verde, Paranatinga e Jaciara, onde constantemente existem saída de ambulâncias enganadas por trotes.
“Esta prática, infelizmente, parte dos adultos tanto homens, como mulheres e crianças. Quando se trata de crianças, é mais fácil identificar que se trata de um trote. Mas quando é um adulto é mais difícil. Porém, todos os números de chamadas recebidas ficam registrados em nossa central de atendimento. Esta prática causa prejuízos de atendimento e de ordem financeira. No ano passado, o Senado Federal informou que os trotes causaram em 2015 prejuízos de R$ 1 milhão aos cofres públicos. Em Rondonópolis, ainda não paramos para calcular, mas os prejuízos existem como o congestionamento das linhas que,  enquanto é atendido um trote, o atendente poderia estar atendendo uma chamada real”, disse o coordenador.

Heusnan Freitas, médico coordenador do Samu de Rondonópolis: “uma prática criminosa que só causa prejuízos ao serviço que é para salvar vidas”
Heusnan Freitas, médico coordenador do Samu de Rondonópolis: “uma prática criminosa que só causa prejuízos ao serviço que é para salvar vidas”

PROJETO DE VEREADOR
De acordo com Heusnan Freitas, é de boa iniciativa o projeto de lei do vereador Roni Cardoso (PRTB), que quer estabelecer, em Rondonópolis, multa para donos de linhas telefônicas que forem usadas para passar trote nos telefones de emergência, como do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil.
“Este  projeto de lei é importante, tendo em vista o grande número de trotes passados para o serviço. É um projeto que deve ser abraçado pelos demais vereadores e aprovado. Em 2015, lei semelhante entrou em vigor na cidade de Botucatu, no estado de São Paulo. Depois de implantada naquele município, houve queda de 30% nos trotes. No estado de Minas Gerais também foi implantada uma lei prevendo multa em casos de trotes e originou na queda da brincadeira de mau gosto”, externou.
Ele lembra que o Código Penal Brasileiro prevê punições para este tipo de crime, onde em seu artigo 266 cita que quem interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento do serviço, está sujeito à pena de detenção de um a três anos, e multa.
“No entanto, o Código Penal é de em 1940,  época em que nem existia telefone público que foi implantado no Brasil 32 anos após o CP. Já os celulares foram implantados no Brasil 50 anos após esta lei. Hoje, o celular é necessidade, mas a maioria dos trotes parte de telefones fixos. Por isso, acho louvável e apoio projeto de lei do vereador Roni Cardoso, pois até mesmo a publicidade que gera uma proposta como esta, acredito que já inibe as pessoas de continuarem com esta prática criminosa que só causa prejuízos ao serviço que é para salvar vidas”, ressaltou Heusnan Freitas.

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