DANÇA DAS CADEIRAS I
Nem chegamos ao quinto mês de legislatura e já chega a informação de que o famoso rodízio de vereadores deve começar. Curioso é que, com apenas quatro meses no cargo, alguns vereadores ainda sequer descobriram como atuar. Alguns, pasmem, estão aprendendo sobre o Regimento Interno da Casa de Leis (embora com os regimentos extraoficiais, ao que parece ninguém tenha muita dificuldade). É correto começar a dança das cadeiras tão cedo?
DANÇA DAS CADEIRAS II
Sobre o rodízio de vereadores, trata-se de um acordo firmado entre os próprios políticos e partidos, ainda durante as eleições. Legal? Ninguém contestou até agora. Moral? De forma alguma! Afinal, assumem os cargos aqueles que tiveram mais votos, e não aqueles que não conseguiram eleitores o suficiente. Deixar o cargo para que outro assuma, embora combinado previamente, é falta de respeito com aquele que depositou o voto e a confiança no legislador.
Estima-se, em conversas informais, que o montante que pode ser devolvido aos cofres públicos de Mato Grosso se realmente acontecer a colaboração premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) pode chegar a R$ 1 bilhão. Essa estimativa é feita com base na quantidade de casos de corrupção que poderão ser descobertos e no número de pessoas delatadas pelo político, que, se condenadas, poderão ressarcir o Estado por conta dos desvios. A informação que circula é de Silval está negociando o acordo com o MP.
BILHÃO II
Se assim for, a Justiça começa a falar a mesma língua que o cidadão. Assim como no Rio parte do dinheiro desviado por Sérgio Cabral foi recuperado, assim como a Odebrecht também devolverá dinheiro, todos estão aguardando o momento em que o dinheiro levado do Estado de Mato Grosso também seja devolvido. Pra funcionar bem, corrupto preso e dinheiro devolvido em serviços ao povo, isso sim é Justiça.
A RECEITA E A LAVA JATO I
A Secretaria da Receita Federal emitiu até o momento R$ 145 milhões em autos de infração contra políticos (e empresas de políticos) no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. Os autos de infração englobam impostos, multas e juros atrasados. De acordo com o coordenador-geral de Pesquisa e Investigação da Receita, Gerson Schaan, esse volume tende a crescer bastante com base nas delações mais recentes, entre elas a de executivos da Odebrecht.
A RECEITA E A LAVA JATO II
“Considerando que têm vários inquéritos que foram abertos, e que vão ser esmiuçados vários outros que já estão na fiscalização, vai aumentar significativamente [o lançamento de autos de infração contra políticos]”, declarou Schaan , sem citar nomes. Segundo ele, estão surgindo novos políticos nas delações, ao mesmo tempo em que também estão aparecendo provas mais robustas contra parlamentares que já haviam sido citados anteriormente. “Cada nova lista que aparece, vamos incluindo mais gente no trabalho”, explicou.