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Rondonópolis
 
 

“Não acreditava que Rondonópolis ia crescer tanto”

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O Jornal A TRIBUNA inicia neste domingo (19/2) uma série de entrevistas especiais com pioneiros de Rondonópolis, homens e mulheres que chegaram na cidade há décadas e ajudaram a construir o grande centro urbano da atualidade. Além de ser uma forma de reconhecer, homenagear e evidenciar quem ajudou no desenvolvimento local, também é o registro vivo da história rondonopolitana. Afinal, daqui a alguns anos não teremos mais esses pioneiros em nosso meio. As entrevistas seguirão ao longo deste ano, sempre aos domingos.


Vilson Marino, servidor público aposentado, que chegou em Rondonópolis em 1958 e também teve passagens pelo comércio local e na gestão pública - Foto: A TRIBUNA
Vilson Marino, servidor público aposentado, que chegou em Rondonópolis em 1958 e também teve passagens pelo comércio local e na gestão pública – Foto: A TRIBUNA

Hoje aposentado, o pioneiro Vilson Marino chegou em Rondonópolis em 1958. De lá para cá, passaram-se quase 59 anos e uma verdadeira transformação ocorreu no município. A pequenina Rondonópolis de outrora se transformou em uma das maiores cidades da região Centro-Oeste do Brasil e listada entre as economias mais pujantes do País. E Marino é uma das testemunhas vivas de todo esse processo.
Nascido em São Paulo (SP), Vilson Marino foi criado em Bebedouro, no interior paulista. Ele tem hoje 85 anos de idade, teve quatro filhos, sendo um deles hoje falecido. Dois dos filhos moram hoje em Rondonópolis e um deles mora em Uberlândia (MG). Tem quatro netos. Foi casado com Clari Maria Gaiva Marino, falecida em 2003. Foi funcionário e gerente de loja, comerciante, secretário municipal e servidor público estadual.
A história de Marino em Mato Grosso começou por Cuiabá, onde veio aos 23 anos e morou por pouco mais de dois anos. Lá, começou a trabalhar nas Lojas Riachuelo e, por ocasião da abertura de uma filial em Rondonópolis, veio para a cidade como gerente da unidade. “Naquela época Rondonópolis não tinha quase nada. Também não tinha asfalto daqui para Cuiabá. Então, era uma dificuldade tremenda”, observa.
O pioneiro conta que viu Rondonópolis se transformar ao longo dos anos. Acredita que a chegada dos sulistas foi decisiva para o desenvolvimento local e estadual. “A cidade era bem pequena. Tinha uns três a quatro mil habitantes e dependia de safra, naquela época era mais arroz e algodão. Eram seis meses de safra e seis em que o comércio era bem fraco. Depois acabou vindo muita gente de fora e hoje Rondonópolis é o que é, uma cidade afamada, boa e que dá condições da gente morar e permanecer”, analisa.
Conforme Marino, naquela época ele não imaginava que Rondonópolis fosse chegar ao patamar atual de crescimento. “O Centro era da antiga Casa Araújo até onde agora é o Correio da Avenida Marechal Rondon. A Avenida Amazonas não tinha nada. O local onde é a Escola EMOP era um campo de futebol. A praça já existia. A gente não acreditava que Rondonópolis ia crescer tanto”, contextualiza o aposentado.
Vilson Marino atuou nas Lojas Riachuelo por cerca de 10 anos. Depois abriu na cidade o Bazar Marino, que funcionou por cerca de 16 anos. Entre 1972 e 1976, ele recebeu o convite para atuar como secretário municipal do ex-prefeito Cândido Borges Leal Junior, o Candinho. Na sequência, passou a ser o exator chefe das rendas estaduais, antigamente na Exatoria do Estado. Fez concurso, se efetivou na função pública e se aposentou pelo Estado após 13 anos. Em sua trajetória, passou pelo Lions Clube e foi um dos fundadores da Associação de Apoio à Terceira Idade e do antigo Clube da Melhor Idade.
Quando era secretário municipal, conta que a sede da Prefeitura funcionava em prédio hoje situado na esquina da Avenida Bandeirantes com a Rua Rio Branco. “Rondonópolis é uma cidade onde todo o pessoal de São Paulo ou do Nortão tem que passar por aqui. Então, a cidade cresce. O Candinho fez uma boa administração. As ruas eram de paralelepípedo e ele colocou asfalto na cidade. Rondonópolis é uma cidade boa e só tem a crescer. Infelizmente, nossa política não é grande coisa e Rondonópolis poderia ser bem melhor se tivesse administrações melhores”, acredita.
Para o pioneiro, algo que poderia ser melhor fomentado pela administração pública seria um processo de incentivo da construção de prédios mais altos no Centro da cidade. “Aqui no Centro quase não tem prédios. Os prédios maiores estão na Vila Aurora. As administrações não estão se interessando muito por isso”, diz. “Infelizmente, o aumento da violência não se pode alegar que é só aqui em Rondonópolis, está no Brasil todo. A gente pede a Deus saúde para poder continuar cada vez mais trabalhando. O trânsito também está muito violento…”, acrescenta.
Hoje Vilson Marino atesta que só tem a agradecer a Rondonópolis, pois diz que foi onde se firmou profissionalmente, constituiu família e criou os filhos.

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  1. Quero aqui, parabenizar esse grande jornal, que iniciou essa homenagem àqueles que de fato fizeram e ainda fazem por nossa querida cidade. Como a primeira de muitas, fiquei extremamente feliz em ver meu querido e amado pai, receber desse conceituado jornal essa bela homenagem, pois esse sim, de fato um homem honesto, extremamente trabalhador, honroso e bondoso. Sempre pautou suas atitudes com muita honradez e sinceridade. Sempre procurou ajudar aqueles que necessitam de ajuda, sem medir esforços. Fico feliz que esse conceituado jornal, sem seguir a mesma linha desses nossos políticos, que ao invés de homenagearem aqueles que contribuíram para nossa saudosa Rondonópolis, distribuem “a granel”, títulos e homenagens, sem valor histórico algum, meramente com fins eleitoreiros. Novamente, parabéns Jornal A Tribuna, e continue valorizando àquelas pessoas que são verdadeiros PIONEIROS.

  2. IMPORTANTE CONHECER E VALORIZAR EM VIDA AS PESSOAS QUE FIZERAM E FAZEM NOSSA HISTÓRIA!

    PARABÉNS A TRIBUNA PELA INICIATIVA DE NOS INFORMAR SOBRE ESTES PIONEIROS!

  3. ROO CHEGARÁ AOS 500 MIL ABITANTES NÃO VAI DEMORAR, AMO RONDONÓPOLIS! CHEGUEI AQUI EM MAIO DE 1963, E DEPOIS FIQUEI FORA UNS TEMPOS, MAS VOLTEI PARA FICAR AQUI PARA SEMPRE.

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