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Rondonópolis
, 23 maio 2024
 
 

Depoimentos caracterizam Antônio Carlos como grande ícone do rádio

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Antonio carlos - 26-02-14

A morte do radialista Antônio de Souza Rocha Filho, o Antônio Carlos, aos 63 anos de idade, ontem (3/8), teve um grande pesar na sociedade rondonopolitana, onde o profissional era bastante conhecido e respeitado. A luta do radialista contra o câncer foi acompanhada por grande parte da sociedade, que o ajudou com orações e palavras de incentivo em todo o seu tratamento. Nesta quarta-feira, o Jornal A TRIBUNA colheu os depoimentos de algumas pessoas próximas ao profissional que contam um pouco da sua importância e sua marca deixada na imprensa mato-grossense. Confira:

victor santos - 03-08-16

“O Antônio Carlos é sinônimo de comprometimento, de levar informação, acima de tudo, com imparcialidade. Chego a concluir que era a pessoa mais apaixonada por rádio que teve em Rondonópolis. Mesmo nesse tratamento, mesmo debilitado, não abria mão de apresentar seu programa de manhã na rádio. Ele apresentava o programa das 8h às 10h e eu na sequência, então a gente sempre se encontrava na troca de horário. Eu acompanhei de perto o tratamento dele e, pra mim, ele foi e sempre será um espelho. É uma perda irreparável para o rádio, para a imprensa de um modo em geral. Ele tinha paixão por narrar futebol, fazia com maestria, com competência e também atuava perfeitamente bem no seu programa, que era outra de suas paixões. Mesmo com todas as dificuldades, até para se locomover, enquanto teve fôlego, ele utilizou o microfone da Rádio Clube, até pelo comprometimento e respeito que tinha pela legião de ouvintes.”

Victor Santos, jornalista e radialista

noel paulino - 03-08-16

“Pra mim é a seriedade que o Antonio Carlos tinha, a maneira fiel que tratava seus ouvintes, a maneira que tratava nós, funcionários da Clube. Ele foi um exemplo pra muita gente e pra muitos outros da própria imprensa. Pela vontade dele, as coisas não seriam como são, seriam muito melhores. Com o agravamento da doença é que ele diminuiu um pouco o ritmo, mas até então, enquanto ele tinha voz, ele não largou o microfone. Ele foi capinador de roça em Umuarama, onde ouvia, através de radinhos de pilha os jogos, sendo que era apaixonado por futebol e pelo Santos… Ele deixa muitos exemplos desse amor pelo futebol, pelo rádio, principalmente pela Rádio Clube, bem como à Rádio Branife, onde foi gerente por muito tempo. Inclusive, o Barreto foi funcionário dele na Branife. Estou aqui no velório, mas não vou vê-lo aqui. Se eu for vê-lo da forma como está agora, deitado no caixão, essa imagem vai ficar comigo. Quero ficar com a outra imagem dele, alegre.”

Noel Paulino, radialista

ester rocha - 03-08-16

“O Antônio Carlos é um exemplo de vida muito bom para a gente se espelhar nele, pois foi um homem honesto, trabalhador e que conseguiu vencer através do esforço próprio. Ele deixa um legado muito grande pra família. É uma pessoa que ajudou muito e não tem o que a gente dizer contra. Era um irmão muito bom, carinhoso, então essa é a resposta que a gente tem. Esperamos seguir o exemplo dele. É um momento difícil, mas temos que superar isso. Éramos em três irmãos, duas mulheres e ele. É uma grande perda, pois ele era o espelho da família. Ele lutou bastante, quase três anos nessa luta, mas Deus achou que precisava dele e o levou.”

Ester Rocha, irmã do Antônio Carlos

gilmar d moura - 03-08-16

“Eu sempre digo que o homem vive de suas marcas. No caso dele uma das suas maiores marcas é a amizade, a ética e a lealdade. Ele era uma pessoa leal, desde a construção das amizades, a história profissional dele, a relação política e a relação com a comunidade esportiva dessa cidade de Rondonópolis. O Antônio Carlos deixa a marca da credibilidade. A opinião do Antônio Carlos sobre qualquer tema, seja ele na imprensa falada ou escrita, tinha o seu valor, acima de tudo norteava muitas decisões, tanto é que o seu programa é líder em audiência há muito tempo. Eu tive a honra e o privilégio de tê-lo como amigo em uma situação interessante, pois ele era amigo do meu pai. Então a amizade do Antônio Carlos era herança do meu pai. Quero em Deus, continuar sendo amigo dos filhos dele e da família dele.”

Gilmar D’Moura, advogado

jota barreto - 03-08-16

“Ele deixa a marca de um homem íntegro, um jornalista que nunca fez sensacionalismo para aparecer, ele aparecia pela sua própria competência, integridade, pelo seu rumo de homem sério. Era um jornalista, com todo respeito, muito completo aqui na cidade de Rondonópolis. Era um homem muito ponderado, que sabia discernir as coisas. Quando ia para uma opinião, ia com algo amadurecido, sabendo que sua opinião atingia a população de Rondonópolis. É uma perda irreparável para a cidade de Rondonópolis e sua imprensa, onde deixou uma marca muito forte. Já perdemos grandes companheiros, como Clóvis Roberto, Aroldo Marmo de Souza e agora o Antônio Carlos. Realmente, a cidade vai se empobrecendo de pessoas que gostam e são apaixonadas por essa terra. Não tenho dúvida que ele é uma dessas pessoas que já estão no plano superior com Deus. Ele deixou um legado como homem de imprensa, como pai, chefe de família…”

Hermínio J. Barreto, proprietário da Rádio Clube AM

Sr. Samuel 27

“O Antônio Carlos foi um ícone da imprensa radiofônica de Rondonópolis, que já perdeu antes pessoas do quilate dos jornalistas Aroldo Marmo de Souza e Clóvis Roberto. Agora a cidade perde a maestria do Antônio Carlos, com longa carreira no meio radiofônico, sempre marcada pela humildade, companheirismo e grande intransigência pelas causas de Rondonópolis, sendo muitas vezes parceiro do A TRIBUNA em reivindicações da sociedade, como a duplicação da BR-364, melhorias no aeroporto, emancipação do campus da UFMT, a instalação de UTIs na cidade… Ele sempre estava junto das campanhas em prol da cidade. Dentro do meio radiofônico também elevou Rondonópolis a nível nacional, inclusive na presidência da Associação Brasileira de Cronistas Esportivos (Abrace). Destacou-se como um pai de família sempre presente junto à esposa Adriana e seus dois filhos, inclusive sendo um grande exemplo a união da família nesse período em que ele lutava contra o câncer. Algo que chamou a atenção da sociedade foi o simbolismo da raspagem do cabelo dos filhos e corte curto da esposa quando ele teve que fazer o tratamento. Além disso, esteve envolvido em clubes de serviço e na área política, sempre atuando nos bastidores. Foi um grande parceiro nosso!”

Samuel Logrado de Souza, diretor do Jornal A TRIBUNA

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