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, 17 junho 2024
 
 

Cresce o número de furtos de defensivos agrícolas em Mato Grosso

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Os registros cresceram entre os meses de outubro e dezembro, quando se inicia o plantio da soja
Os registros cresceram entre os meses de outubro e dezembro, quando se inicia o plantio da soja

A Polícia Judiciária Civil (PJC) divulgou que, por mês, vem recebendo de 3 a 4 ocorrências de furto e roubo de defensivos agrícolas, no período da safra de alguns grãos em Mato Grosso. Segundo a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), os registros cresceram entre os meses de outubro e dezembro, quando se inicia o plantio da soja, e seguem também com ocorrências durante o plantio do algodão e do milho, entre os meses de janeiro a março. A prática já está sendo conhecida como “novo cangaço”, devido a quadrilhas especializadas em roubos de bancos estarem migrando para o crime.
De acordo com a PJC, o furto de defensivos agrícolas é uma atividade criminosa altamente lucrativa, que desperta o interesse de quadrilhas especializadas, que agem nas principais regiões produtoras do Estado de Mato Grosso, principalmente no Norte, Médio-Norte e Sul. Por ser um crime com pena leve, a partir de dois anos, organizações criminosas deixaram o risco do roubo a banco, na modalidade “Novo Cangaço”, e ataques a caixas eletrônicos com uso de explosivos, que têm penas mais elevadas, para subtração de agrotóxicos vendidos sob encomenda.
Somente em 2015, as investigações da PJC conseguiram recuperar R$ 10 milhões em produtos subtraídos de fazendas agrícolas de Mato Grosso, levando à prisão de 30 integrantes de quadrilhas que agem em roubos, furtos e receptação de defensivos agrícolas em MT e também em Goiás. Em inquéritos policiais, 45 pessoas foram indiciadas pelos crimes. O delegado do GCCO, Diogo Santana Souza, destaca que a migração das quadrilhas para o defensivo se dá devido à rentabilidade e a fragilidade dos locais armazenados.
“Para cada furto as quadrilhas conseguem angariar de R$ 2 a 3 milhões, enquanto que no Novo Cangaço não conseguem isso e o risco é maior”, disse o delegado. “Estamos tentando sensibilizar os juízes para não tratarem o furto de defensivos agrícolas como se fosse o furto de uma geladeira, de uma bicicleta, a própria economia do Estado é colocada em risco quando se começa a furtar grandes produtores”, ponderou. “O mais comum é o crime de furto, cuja pena é realmente muito baixa se comparada ao Novo Cangaço, em que o crime pode ser de roubo triplamente majorado e até tentativa de latrocínio, devido aos disparos efetuados pelas quadrilhas”, completou o delegado titular do GCCO, Flávio Henrique Stringueta.
Outro ponto, segundo os delegados, é a facilidade de acesso a grandes quantidades do produto guardado em fazendas, sem nenhuma segurança ou vigilância eletrônica, o que dificulta as investigações. Para a polícia, os delitos não ocorrem aleatoriamente, as quadrilhas já têm mapeado a propriedade que armazena determinado tipo de produto, que são levados para compradores certos, dentro do próprio Estado de Mato Grosso e outros Estados da região Centro Oeste, como Goiás.

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