23.6 C
Rondonópolis
 
 

Prefeito não vai aceitar fim da hora fracionada

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img
Diretora de gestão do Rotativo Rondon, Bruna Catharina, informou em entrevista ao A TRIBUNA que sistema voltará com o fim da hora fracionada
Diretora de gestão do Rotativo Rondon, Bruna Catharina, informou em entrevista ao A TRIBUNA que sistema voltará com o fim da hora fracionada

Nem teve sua operação retomada e o estacionamento rotativo pago nas vias públicas da região central de Rondonópolis, o Rotativo Rondon, está envolto em uma nova polêmica. O sistema está previsto para voltar a funcionar nesta segunda-feira (16/11), mas a decisão da empresa que opera o Rotativo Rondon de acabar com a cobrança fracionada, conforme noticiado por sua própria direção ao Jornal A TRIBUNA, já causa descontentamentos. Diante do anúncio, o prefeito Percival Muniz já adiantou que não vai aceitar o fim da cobrança da hora fracionada no sistema (veja mais sobre a posição do prefeito no decorrer desta reportagem).
O fim da cobrança da hora fracionada foi informado ao Jornal A TRIBUNA pela diretora de gestão do Rotativo Rondon, Bruna Catharina Sorrentino Pinto, conforme publicado na edição desta sexta-feira (13/11). Ela explicou que, para compensar a redução do valor da hora estacionada, seria feita a eliminação da cobrança fracionada, na qual o usuário paga proporcional ao tempo de uso. Assim, a partir de agora, estacionando com cartão/aplicativo até 20 minutos, há restituição total do valor. Caso o usuário fique 30, 40 ou 50 minutos, por exemplo, pagará a hora integral.
Conforme Bruna Catharina, a cobrança integral da hora estacionada no Rotativo já estava presente no edital do sistema, mas que era uma opção da empresa que os usuários pudessem pagar de forma facionada. Caso a empresa não adote a cobrança de forma integral da hora estacionada, respeitando os 20 minutos de tolerância, a diretora justificou que a empresa – que já estava operando com prejuízos – teria as finanças ainda mais comprometidas.

Prefeito Percival Muniz: “Se for cortar a hora fracionada, não vou aceitar. Eles vão ter de voltar pelas mãos da Justiça!”
Prefeito Percival Muniz: “Se for cortar a hora fracionada, não vou aceitar. Eles vão ter de voltar pelas mãos da Justiça!”

PIOR DO QUE ANTES – Ocorre que, com o fim da hora fracionada, o que era para tornar mais acessível o uso da população no Rotativo acaba ficando pior do que estava antes da suspensão do sistema e alterações propostas pelo prefeito. Na prática, a eliminação da hora fracionada estará tornando o estacionamento no Rotativo mais caro aos usuários do que antes das mudanças. Com isso, em grande parte, as pessoas vão pagar por algo que não vão usar. Na verdade, as pessoas somente vão ter uma noção da desvantagem da nova prática quando retomarem o uso do sistema.
Afinal, para exemplificar isso, com a hora fracionada, caso um usuário ficasse 30 minutos em uma vaga no Rotativo, pagava apenas metade do valor da tarifa (R$ 1,25 no caso, pois a hora era R$ 2,50). Com a nova medida, ficando 30 minutos em uma das vagas e indo para casa, o usuário vai pagar o valor integral da hora, no caso R$ 2,20. Caso o usuário fique 1 hora e 9 minutos, pagará R$ 4,40, sendo que antes pagava R$ 2,50 mais 9 minutos proporcionais da segunda hora.
Vale lembrar que, antes da suspensão, os usuários já achavam alto o valor de R$ 2,50 da hora estacionada no sistema. Após a suspensão e começo das discussões das alterações, o prefeito chegou anunciar o valor de R$ 2,00 para tornar o sistema mais atrativo, mas não foi possível. No final das contas, acabou anunciando, para surpresa geral, o valor final de R$ 2,20. Mas, com o fim da hora fracionada, todo esse esforço da discussão para reduzir o valor da hora cai por terra.
REPERCUSSÃO – O presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR), José Luiz Gonçales, informou ao Jornal A TRIBUNA que viu a entrevista da diretora do Rotativo anunciando o fim da cobrança da hora fracionada e, para ele, foi uma surpresa. Ele atesta que, dessa forma, era melhor manter os R$ 2,50 de antes e permanecer com a hora fracionada.
“Para mim, baixar o valor da hora e retirar a hora fracionada ficou pior”, atesta José Luiz, dizendo que a ACIR tinha como sugestão cancelar os 20 minutos de tolerância e continuar pagando proporcional ao tempo de uso. No fim das contas, da forma que o Rotativo quer, ele entende que ficou mais benéfico para a empresa do que para os consumidores, sendo que a ampliação do tempo de permanência de 2 para 3 horas na mesma vaga também é interessante para o Rotativo.
Contatado pelo A TRIBUNA, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Neles Walter Ferreira de Farias, externou ontem à reportagem que a entidade que ele representa acha melhor acompanhar a retomada do Rotativo na próxima segunda-feira e, caso qualquer coisa que não esteja funcionando de acordo com os anseios dos consumidores, comerciários e lojistas, vai procurar o poder público e discutir novamente as adequações necessárias.

Conforme noticiado pela Prefeitura, o Rotativo Rondon volta a funcionar a partir da próxima segunda-feira (16/11)
Conforme noticiado pela Prefeitura, o Rotativo Rondon volta a funcionar a partir da próxima segunda-feira (16/11)

NÃO ACEITA – Diante da repercussão de que o A TRIBUNA abordaria em uma reportagem na edição de hoje (14) que o fim da cobrança da hora fracionada é um retrocesso, não sendo vantajoso aos usuários e consumidores, o prefeito Percival Muniz entrou em contato com a equipe de reportagem, logo após as 18h de ontem, para dar sua posição sobre o assunto. Ele deixou claro que, se a empresa for eliminar a hora fracionada, não vai aceitar, pois entende que a população já se habituou à cobrança proporcional ao tempo de uso.
Percival Muniz explicou que os acordos firmados oficialmente não constam a eliminação da cobrança da hora fracionada. “A emenda ficou pior do que o soneto!”, avaliou para a reportagem. Com a medida anunciada pelo Rotativo, o prefeito informou que já pediu para comunicar à direção da empresa sua visão e que pretende esclarecer e discutir melhor essa questão. “Se for cortar a hora fracionada, não vou aceitar. Eles vão ter de voltar pelas mãos da Justiça!”, acrescenta. “Se for assim [fim da hora fracionada], melhor não voltar!”, atestou o prefeito, afirmando que a empresa precisa garantir a hora fracionada aos consumidores.
SAIBA MAIS – Segundo informações da Procuradoria Geral do Município, a cobrança da hora fracionada não faz parte do objeto da licitação nem faz parte do contrato em relação ao Rotativo Rondon. Em edital, repassou que a referência é em relação à cobrança de forma integral da hora cheia. Assim, externou que a prática da cobrança da hora fracionada se trata de “mera liberalidade da empresa”.
Suspenso desde o dia 1º de outubro deste ano, o estacionamento rotativo pago nas vias públicas da região central da cidade, o Rotativo Rondon, volta a funcionar a partir da próxima segunda-feira (16/11). Entre as alterações estabelecidas, o valor da hora estacionada no sistema será reduzido de R$ 2,50 para R$ 2,20 (automóvel) e de R$ 1,25 para R$ 1,00 (motocicleta). O tempo de 20 minutos de tolerância sem pagamento foi mantido.

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Na abertura da 89ª ExpoZebu, Arthur Lira defende proposta para limitar ações no Supremo

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quer “subir o sarrafo” de quem pode propor ações diretas...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img