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Professora agredida desabafa: crianças estão vindo sem limites

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Caso de agressão contra uma professora por um aluno de 12 anos ocorreu dentro da Escola Dom Wunibaldo Talleur, no bairro Jardim Brasília
Caso de agressão contra uma professora por um aluno de 12 anos ocorreu dentro da Escola Dom Wunibaldo Talleur, no bairro Jardim Brasília

O caso de agressão contra uma professora por um aluno de 12 anos dentro da Escola Dom Wunibaldo Talleur, no bairro Jardim Brasília, em Rondonópolis, ocorrido neste mês de maio, abriu uma discussão sobre a realidade e os rumos da educação nos tempos atuais. Em licença médica por 60 dias para tratamento psicológico, a professora Luciene Fátima Carloto, vítima da agressão, em entrevista ao Jornal A TRIBUNA, aproveitou para alertar que as escolas públicas precisam de ajuda e que os pais devem dar mais atenção para a educação dos filhos.
Apesar de não querer ter sua imagem divulgada, devido ao estado psicológico, Luciene Carloto, que é coordenadora na Escola Dom Wunibaldo, aceitou emitir sua opinião sobre a crise enfrentada nas escolas atualmente, até como reflexão para pais e educadores. Veja nesta página o registro da agressão sofrida por ela na escola. Para a educadora, o aumento dos casos de agressões sofridas por professores em todo o Brasil, ultimamente, é resultado da indisciplina. “Os pais não estão dando conta de criar os filhos e jogam a responsabilidade na escola”, atesta.
Conforme a coordenadora, as crianças precisam de limites para a vida em sociedade, mas não vêm recebendo isso em casa. “As crianças estão vindo sem limites para escola; não têm limites em casa. A escola tem regas, assim como a vida tem regras”, destacou, enfatizando que os pais precisam dizer “não” e ensinar noções de educação em meio social. Não querendo generalizar, ela ressalta que, na maioria dos casos, essa realidade vem sendo cada vez mais comum, de pais que insistem em olhar os filhos como bebês, que podem tudo.
Luciene lamenta a falta de apoio do poder público nesta situação. “Dentro da escola, somos professores, policiais, médicos, assistentes sociais, psicólogos, somos tudo. Não temos apoio; somos sozinhos!”, desabafou, dizendo que as escolas precisam de equipes multiprofissionais e não dispõem. “Eu quero enfatizar que estamos abandonados nas escolas, pedimos socorro!”, reforçou. Ela observa que as unidades escolares necessitariam contar com segurança, assistente social e psicólogo, nesse caso tanto para alunos quanto para professores. Atualmente diz que existem apenas vigias para os prédios no período da noite.
Diante do drama vivido, Luciene informa que tomou a iniciativa de levar o caso até o secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto Filho. Ela esclarece que, na sequência, lhe ofereceram ajuda psicológica, mas que teve de procurar um profissional por conta própria, pois o especialista ofertado pelo Estado é de Cuiabá, não tendo condições de ficar esperando. Também atesta que não quer assessoria jurídica, dizendo que a família do adolescente agressor não tem condições financeiras. “Eu quero mudanças, que deem prioridade para educação, que façam uma educação de qualidade!”, acrescentou. “A educação precisa ser prioridade, precisa de atenção!”, reforçou.
A coordenadora faz questão de lembrar que, no caso dela foi agressão física, mas, de forma geral, os educadores vêm sendo vítimas constantes de humilhações, agressões verbais e desrespeitos diversos. “Quem nos ajuda?”, indaga. Na educação há de 20 anos, se diz decepcionada: “Eu tinha paixão pela educação. Hoje eu perdi essa minha paixão!”. Em mensagem à sociedade, ela orienta que os pais possam ter uma preocupação em educar melhor os filhos diariamente. “Educação vem de casa! A escola não é responsável por isso”, finalizou.

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  1. Lamentável que esteja ocorrendo essa violência dentro das escolas Com os educadores,pessoas que perdem no seu dia a dia pra encinar crianças e adultos à ser umá pessoa bem sucedida na vida. AGORA EDUCAÇÃO COMEÇA EM CASA,ESCOLA É SÓ UM COMPLEMENTO. AS CRIANÇAS VIOLENTAS SEMPRE TEM UM histórico de violência dentro de casa.

  2. Lamentável esse fato! Educação muda tudo e vem de casa, escola é para ensinar conteúdo e não para educar filho teimoso! Se for para educar que voltem a palmatória e o joelho no milho!

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