Confirmado o primeiro caso da doença denominada mormo em um equídeo no município de Rondonópolis e região. O exame confirmatório da doença foi feito em laboratório de referência em Pernambuco. Após a confirmação, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) providenciou a morte do animal. O caso deve aumentar o rigor sanitário em toda a região, especialmente sobre eventos como a Cavalgada da Exposul, que reúne expressivo número de equídeos e bovinos.
O fiscal estadual de defesa agropecuária e florestal do Indea, o médico veterinário Mário Artur Lopes Correia, analisa ao Jornal A TRIBUNA que a confirmação da doença aumenta a preocupação pela garantia do controle sanitário na região. Ele informa que é primordial conter o trânsito de animais e evitar a aglomeração de animais. Nesse cenário, em todo trânsito e aglomeração de animais, atesta que o Indea estará exigindo toda a documentação necessária. “É preciso ser rigoroso agora para conter o foco”, explica.
O caso de mormo em Rondonópolis foi constatado em uma propriedade rural perto da zona urbana, que foi interditada, não podendo ter entrada ou saída de equídeos e sendo necessário fazer o saneamento de todos os animais, com 02 exames negativos, realizados em 30 e 60 dias. Conforme Mário Correia, o controle sanitário na propriedade de Rondonópolis começa nesta quinta-feira (07/05).
O animal infectado em Rondonópolis era um burro, que foi morto (eutanasiado) pelo Indea nesta terça-feira (05/05). O mormo já vem trazendo preocupação em Mato Grosso faz cerca de dois anos. Mário correia informa que o Estado já contabiliza 09 casos confirmados de mormo e 15 casos suspeitos, aguardando resultado. A região de Rondonópolis teve 03 casos suspeitos da doença, mas anteriormente não confirmados.
Mário Correia explica que o mormo é uma zoonose, doença transmissível ao homem que afeta especialmente a parte pulmonar. Sua transmissão se dá a partir de qualquer tipo de fluído orgânico, como saliva, lágrima, urina, fezes, suor. Há o agravante da doença se tornar crônica no equídeo, assintomática, mas passível de transmissão. Ele observa que os principais sinais da doença no animal são secreções nasais, feridas nas narinas, gânglios inchados, febre, emagrecimento e enfraquecimento.
Em Tangará da Serra, a realização de uma cavalgada foi suspensa agora diante da ameaça provocada pelo mormo. Em Rondonópolis, conforme noticiado pelo Jornal A TRIBUNA no domingo (03/05), diante das exigências sanitárias, a tradicional Cavalgada de abertura da exposição agropecuária de Rondonópolis (a Exposul) corre o risco de ter uma pequena participação neste ano de 2015. Os organizadores reclamam do alto valor do exame referente a mormo, que também não é realizado em Mato Grosso.
A Secretaria Municipal de Saúde também foi oficiada da confirmação da doença na cidade, para as medidas preventivas cabíveis.
