O começo do estacionamento rotativo pago em Rondonópolis – a “zona azul” – ampliou a oferta de vagas no quadrilátero central, melhorando o acesso aos estabelecimentos dessa região. Apesar disso, o sistema informatizado com parquímetros ainda suscita muitas dúvidas entre os usuários e moradores, gerando alguns questionamentos. Uma das indagações reside em relação aos estacionamentos privativos de empresas, com rebaixamento de meio-fio, havendo notificação da Prefeitura para promover a regularização.
Segundo a Prefeitura, a legislação municipal prevê a proibição do rebaixamento de calçada/meio-fio para servir como estacionamento privado. A legislação permite apenas o rebaixamento da calçada no local destinado à entrada e saída dos veículos aos imóveis. Agora existe a alegação que empresas implantaram, no passado, o estacionamento privativo, com rebaixamento de meio-fio e recuo de cinco metros, a partir da orientação da própria Prefeitura. A situação tem gerado apreensão por empresários.
O Jornal A TRIBUNA esclareceu alguns dos questionamentos sobre o sistema com o gerente do Rotativo Rondon, Héder Marques. Sobre a possibilidade de essas empresas continuarem com o estacionamento privativo, se valendo do rebaixamento de meio-fio, o gerente repassou que vai conversar com o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Argemiro Ferreira, para saber qual vai ser a postura a ser tomada nesses casos no quadrilátero central.
Outro questionamento é em relação às alternativas de estacionamento para quem trabalha no quadrilátero central e possui veículo. Com o rotativo, esse hábito está sendo sobremodo dificultado, considerando a necessidade de mudar o veículo de vaga a cada 02 horas e o alto custo por mês (seja através da zona azul ou mesmo de estacionamento privado). Quanto a isso, Héder diz que no espaço da zona azul não é possível abrir exceções, mas que, em breve, haverá um estudo para oferecer outras possibilidades para atender exclusivamente comerciantes/comerciários. Ele adianta que lojistas serão chamados para abrir uma discussão sobre o sistema.
O tempo excedido após as duas horas e os critérios de utilização dos créditos também vem gerando reclamações. Mesmo com crédito, usuários são notificados quando excedem as duas horas e não mudam o veículo de vaga (pode ser duas horas e cinco minutos, por exemplo). A partir da 3ª hora na mesma vaga, os usuários recebem uma notificação de estacionamento irregular, com valor dobrado da hora, havendo 05 dias para regularização/pagamento.
Héder Marques explica que, a partir da 3ª hora na mesma vaga, não há como aceitar apenas a utilização dos créditos que o usuário ainda possui, pois o objetivo do sistema é proporcionar rotatividade nas vagas. O usuário pode ativar, por exemplo, 4 horas de uso no sistema e trocar de vaga antes de completar duas horas. O tempo não utilizado é restituído, exceto em tíquete avulso. “Se não for assim, foge do propósito”, externou.
Outra reclamação é quanto travamentos/oscilações no sinal do sistema. Héder Marques explicou que esse problema não é tão grave e que a empresa vem trabalhando para que todas as deficiências tecnológicas possam ser resolvidas.
Para usar uma vaga na zona azul, motocicletas pagam R$ 1,25 por hora e automóveis, R$ 2,50 por hora. O usuário pode ficar em uma mesma vaga por até duas horas, devendo mudar o veículo após esse período.
