A concessão do transporte coletivo em Rondonópolis está vencida. Quem detinha a concessão do serviço na cidade era a empresa Cidade de Pedra. Diante da situação, a concessão continua funcionando de forma emergencial por meio da Cidade de Pedra, enquanto se providencia a regularização do processo. “A população não podia ficar sem o serviço”, justificou ao Jornal A TRIBUNA o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Argemiro Ferreira.
Nesse período de regularização, o secretário explicou que é normal a concessão funcionar de forma emergencial. Contudo, fez questão de ressaltar que a Prefeitura vem tomando as providências necessárias para a regularização. Nesse propósito, ele informa que o Município contratou, através de processo licitatório, uma empresa para realizar um amplo estudo de mobilidade urbana em relação ao transporte público de Rondonópolis, o qual já foi concluído.
Conforme Argemiro, durante o estudo, a empresa levantou os mais diversos aspectos do transporte coletivo local, verificando as condições atuais do sistema e as perspectivas futuras, levando em conta o processo de expansão urbana de Rondonópolis. Inclusive, observa que foi realizada uma pesquisa de opinião pública junto à população. Os resultados do estudo, segundo ele, vão servir de base agora para confecção do novo edital para a concessão do transporte coletivo.
Argemiro reconhece que o transporte coletivo requer muitas melhorias e pondera que esse estudo realizado vai ajudar bastante a suprir as deficiências com a nova concessionária. Ele aponta, por exemplo, que a organização atual das linhas é fruto da falta de planejamento adequado e que a intenção é que haja uma reorganização no sistema. A partir de uma série de ações e medidas no trânsito em âmbito local, principalmente de cunho fiscalizatório e cobrança de estacionamento, atesta que a demanda de usuários no transporte coletivo tende a aumentar novamente.
Atualmente um dos grandes conflitos do transporte coletivo de Rondonópolis é a “queda de braço” entre usuários e empresa concessionária. De um lado, a empresa reclama do alto número de pessoas com veículos na cidade, especialmente motocicletas. Do outro lado, os potenciais usuários reclamam da baixa qualidade do transporte coletivo, com poucos ônibus, poucas linhas, demora excessiva nos pontos de ônibus, entre outros.
Argemiro não soube precisar um prazo para que o edital da concessão do transporte coletivo fique pronto e possa, em seguida, ser feita a licitação. Contudo, externou que esse procedimento dever ser rápido. A meta é concluir a licitação referente à concessão no começo de 2015.
