Obras prosseguem de forma bastante tímida

As obras de canalização do Córrego Canivete, retomadas há mais de um ano, avançaram apenas 400 metros e continuam em ritmo lento. Segundo o engenheiro da empresa responsável pela obra, Estevão Damião de Almeida, a esperança é que a substituição do material que vinha sendo utilizado até agora dê agilidade nos trabalhos. “Já apresentamos à Secretaria Estadual de Transporte e Pavimentação Urbana e à Caixa Econômica um projeto que prevê a substituição da pedra argamassada por paredes de concreto armado, uma vez que a construção com as pedras é mais demorado e ainda estamos com dificuldade de encontrar as pedras no tamanho correto”, argumenta o engenheiro.

Ele explica que, para a substituição do material, está aguardando apenas a aprovação das duas instituições e principalmente da Caixa Econômica que é gestora dos recursos federais reservados para os 2.700 metros de canalização do Córrego Canivete. Agora, com 400 metros construídos, ainda restam 2.300. Além disso, uma outra preocupação é com o período chuvoso que já começou. “Para não ter mais prejuízo de tempo durante o período chuvoso, vamos trabalhar para que o concreto armado seja construído em forma de pré-moldado, para que logo após as chuvas sejam apenas montadas as placas de concreto”, disse o engenheiro.

A canalização da extensão do córrego tem por objetivo evitar o transbordamento e o assoreamento do curso da água, promovendo a drenagem profunda e superficial das águas da chuva nas ruas de todos os bairros da região.

Com a execução das obras, cerca de 20% da população rondonopolitana será beneficiada, pois, eliminam-se os atuais riscos de desabamentos e outros danos causados pelas enchentes no córrego Canivete, entre o Jardim Tropical e o córrego Arareau. Com o atraso das obras, a população teme que com o período chuvoso o córrego volte a transbordar e alagar as residência. Os 400 metros já canalizados terminam no final da Rua Cuiabá, no Jardim Tropical.

A preocupação de mais alagamentos chegou a ser discutida pelo vereador Rodrigo da Zaeli (PSDB) que cobrou do poder público providências urgentes como a reforma da passagem sobre o Córrego Canivete na Rua D, no Conjunto São José II, tendo em vista a aproximação do período chuvoso. O vereador alertou que no local foi retirada a mata ciliar, o que vem causando erosão e poderá levar problemas sérios para os moradores locais. “É justamente a mata ciliar que segurava a erosão no local, agora com as chuvas há uma aceleração do processo erosivo colocando em risco os moradores da região”, alertou.