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Rondonópolis
, 12 maio 2024
 
 

Moradores esperam ansiosos por casa

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Maria Fernandes, à direita, e sua vizinha Josiane Silva sonham com uma casa nova
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Moradora Carmissy Leite espera por uma casa no Ananias Martins há muito tempo
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Joelma Silva, ao fundo, junto à sua vizinha Ariane Ferreira continuam esperando por casa
Joelma Silva, ao fundo, junto à sua vizinha Ariane Ferreira continuam esperando por casa
Casal Josiane Nunes e Enoque José, em frente à casa que ele mesmo construiu, com o barraquinho onde moravam ao fundo
Casal Josiane Nunes e Enoque José, em frente à casa que ele mesmo construiu, com o barraquinho onde moravam ao fundo

Um dos maiores problemas encontrados pela administração pública nos municípios brasileiros é a falta de habitação nos centros urbanos. Rondonópolis não está isenta dessa problemática. Entre os bairros novos criados, sem um mínimo de infraestrutura, estão, por exemplo, o Residencial Ananias Martins e o Alfredo de Castro, além do Acampamento Conquista.
São inúmeras famílias que estão vivendo há muito tempo em condições infra-humanas, enquanto esperam que os órgãos públicos lhes deem uma casa com um mínimo de dignidade. São barracos de lonas, tábuas, zinco, lata, entre outros materiais inadequados usados para fazer seus abrigos improvisados.
Une-se a isso a falta de rede de esgoto, luz, água, ruas pavimentadas, creche, escolas, praças públicas e locais de recreação, algo comum nestas regiões. As áreas onde habitam essas famílias não oferecem a mínima condição para uma vida digna.
As pessoas que vivem nesta situação, na periferia da cidade, estão expostas a criminalidade, que aumenta cada vez mais nestes lugares. Os filhos, em idade escolar, ficam em situação vulnerável enquanto seus pais vão trabalhar, com o mundo das drogas, da criminalidade e da exploração sexual que está batendo a porta de cada barraquinho.
Enóquio José dos Santos, pedreiro, e sua esposa Josiane Nunes Martins, doméstica, moram no Residencial Ananias Martins há um ano e meio. Eles relataram que esperam muito tempo por uma casa, enquanto isso moravam com sua filhinha de apenas três aninhos em um barraquinho nos fundos do terreno.
“Cansei de esperar pelos políticos que viviam fazendo promessas. Eu não aguentava mais ver minha família morando naquelas condições horríveis, então peguei os poucos recursos que eu tinha e usei meus dois dias de folga para ir construindo minha casinha”, disse o chefe de família Enóquio.
Sua esposa, Josiane relatou que somente quem vive nas situação de sua família e das que ali moram é que sabe o quanto é difícil. Ela desabafou dizendo que cada segundo morando naqueles barracos é como se fosse um dia inteiro. “Não existe pior coisa do que viver sem um lar, e sem contar que aqui falta de tudo, nós não temos nada. Às vezes, nós temos que ir ao rio buscar água, porque ficamos de três a quatro dias sem uma gota de água. E como posso viver assim olhando para minha filhinha pequena?”, indagou com indignação Josiane.
A moradora Carmissy Leite Vilarinho Gonçalves mora no mesmo residencial há mais de um ano. Ela conta que só vive ali porque não tem onde apelar. “Moço, aqui não temos nada, nosso barraco é como se fosse uma moradia descartável, no sol você não tem proteção, na chuva a gente molha. Agora deram alguma esperança pra nós e disseram que virão aqui para começar ao menos a medir a área e definir os terrenos”, falou esperançosa Carmissy.
Maria Fernandes da Costa e Josiane Silva Pereira são vizinhas e moram no Residencial Alfredo de Castro, elas contam que esperam ansiosas por uma casa. Morando em barracos improvisados há mais de dois anos, elas relatam que a cada dia que passa a situação fica pior, porque suas moradias vão deteriorando cada vez mais.
“Nós não sabemos o que fazer. Morar assim ninguém quer, mas nós não temos outro meio. Disseram que iria fazer as casinhas pra gente, mas até agora nada. Eu tenho cinco filhos, minha vó de 93 anos mora comigo e temos que amontoar todos neste barraco, fazer o que!”, exclama, com ar de impotência, Maria Fernandes.
Joelma Silva de Oliveira, mora há dois anos no Alfredo de Castro. Ela tem três filhos e reclama que, além de não ter uma casa para dar um abrigo decente para o seus, precisa se desdobrar para colocar seus filhos na escola. “Olha, eu não tenho casa, não tenho água tratada, a gente não tem ruas que prestam, em fim, não tenho nada, aqui falta de tudo. O único que tenho são três filhos para criar e cada um matriculado em bairros diferentes, um está no Atlântico, o outro no Jardim das Flores e a pequena na creche do Altamirando. Tenho que me virar para sobreviver. Se a gente ganhasse uma casa, ajudaria muito. É meu sonho”, reclama a moradora.

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