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Rondonópolis
, 12 maio 2024
 
 

Estrutura do curso começa a ser definida

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Atualmente, uma comissão vem trabalhando no projeto referente à estrutura física necessária ao curso de medicina no campus

–> LIBERADO –> Passados quatro meses do anúncio do curso de medicina para Rondonópolis, os primeiros passos para sua implantação no campus local da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) começaram a ser dados. Os trabalhos vêm sendo conduzidos pela comissão de implantação do curso de medicina, composto por professores do curso de enfermagem do campus. Mesmo assim, o começo efetivo das aulas não será uma realidade imediata. A projeção é iniciar a primeira turma do curso na cidade somente no 2º semestre de 2014.
A professora Camila Lucchese Veronesi, uma das integrantes da comissão de implantação do curso de medicina, em entrevista ao Jornal A TRIBUNA, justificou que esse expressivo tempo para dar início à primeira turma se deve ao posicionamento da reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, que não quer que o novo curso comece sem que toda a estrutura necessária esteja pronta, como estrutura física, equipamentos e professores devidamente concursados. No entanto, garante que a implantação do curso de medicina em Rondonópolis e em Sinop é uma prioridade dentro da UFMT.
A aprovação do curso de medicina para Rondonópolis foi autorizada oficialmente no dia 05 de junho deste ano pelo Ministério da Educação (Mec). Foram anunciadas 40 vagas para o campus de Rondonópolis e 60 vagas para o campus de Sinop, norte do Estado. Conforme Camila, a comissão local está trabalhando em conjunto com os campi de Sinop e de Cuiabá. O projeto pedagógico do curso em Rondonópolis será embasado no de Cuiabá, com atualizações. “O curso terá o mesmo projeto pedagógico nos três campi, justamente para que os alunos possam ter mobilidade acadêmica de um campus para outro”, explica.
Durante a greve que atingiu a universidade, a comissão de implantação do curso de medicina conseguiu avançar em algumas definições do projeto, com realização de oficinas em Cuiabá. Atualmente, a comissão vem trabalhando no projeto referente à estrutura física necessária no campus, como a construção do novo bloco para as aulas. Camila Lucchese informa que a intenção é começar a construção do novo bloco em 2013, para dotá-lo de equipamentos no início de 2014. Apesar de até agora o novo curso não ter recebido nenhum repasse de recursos, a professora acredita que a questão financeira não será problema.
Mas a comissão tem muito trabalho pela frente. Em relação à contratação de professores, até agora nada foi definido ainda, conforme informado. Não se sabe, por exemplo, o número de professores que atuará no curso. Após a definição do projeto pedagógico, a comissão vai montar o edital para contratação de professores através de concurso público aberto para interessados de todo o Brasil. Ainda não há um coordenador nomeado para o curso de medicina em Rondonópolis.
A comissão de implantação do curso de medicina na cidade também é integrada pelas professoras Magda Mattos e Débora Favretto.

 

Discussão sobre estrutura hospitalar terá de ser aprofundada

Professora Camila Lucchese Veronesi, uma das integrantes da comissão de implantação do curso de medicina: “O curso terá o mesmo projeto pedagógico nos três campos [Cuiabá, Rondonópolis e Sinop]”

Uma das questões que terão que passar por discussões aprofundadas é em relação à estrutura hospitalar para as aulas práticas do curso de medicina na cidade. A princípio, a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, já se manifestou contrária à implantação de um Hospital Universitário em Rondonópolis. Ela entende que esse tipo de hospital tem uma manutenção muito cara e tem uma atuação limitada.
Inicialmente, cogita-se parcerias com hospitais públicos da cidade – Santa Casa e Regional – para servir o curso. Conforme a professora Camila Lucchese, da comissão de implantação do curso de medicina, esses hospitais apresentam demanda, mas há uma série de questões estruturais e financeiras que devem ser debatidas. Ela também lembrou que há possibilidade de atuação em PSFs e realização de convênios com municípios vizinhos.
O curso de medicina em Rondonópolis será voltado para formar médicos para a atenção básica de saúde, com trabalhos focados na prevenção de doenças e na promoção da saúde. Aliás, esta é a nova diretriz instituída pelo Ministério da Educação (Mec) para os cursos de medicina em todo o Brasil.
Camila Lucchese acredita que, quando forem iniciadas as discussões inerentes ao campo prático do curso de medicina em Rondonópolis, será necessário o apoio e envolvimento de diversos setores da sociedade, como médicos e autoridades ligadas ao setor, para tomada de decisões.
INSTITUTO
Em Rondonópolis, a idéia é criar no campus um Instituto de Ciências da Saúde, que englobaria os cursos de enfermagem (já existente) e medicina e que ajudaria na criação de novos cursos na área da saúde, como farmácia e outros que a demanda local indicasse.
PRÓ-REITOR
O novo pró-reitor do campus, Javert Melo Vieira, garante que um dos esforços da sua gestão será o de consolidação do projeto de implantação do curso de medicina em Rondonópolis.

Curso beneficiará vários setores da economia local

A implantação do curso de medicina em Rondonópolis gera a expectativa de incrementar diversos segmentos da economia local. A conquista de um curso universitário de prestígio e valorizado no mercado contribuirá, principalmente, para fortalecimento do pólo educacional de Rondonópolis, ainda pouco influente e diversificado.
O economista e ex-secretário municipal de Saúde, Fábio Cardozo, observa que o curso de medicina em Rondonópolis trará vários benefícios à cidade. Em primeiro lugar, diz que o curso trará mais recursos federais para Rondonópolis, aumentando o orçamento do campus e injetando mais recursos na cidade, com pagamento de professores e aquisições diversas.
Um segundo ponto, segundo Fábio Cardozo, é que o curso de medicina oferecerá um vínculo/atrativo a mais para trazer ou fazer fixar profissionais da área em Rondonópolis, algo ainda complexo. Um terceiro ponto citado pelo economista é que a chegada do curso tende a aumentar a comunidade acadêmica formada por pessoas de outros municípios e estados.
Fábio Cardozo observa ainda que a implantação do curso deve aumentar o número de médicos para atender Rondonópolis, já que uma parcela dos formandos tende a não ir embora. Um outro benefício, segundo ele, é justamente o fortalecimento do pólo educacional de Rondonópolis, aumentando a procura por móveis, imóveis, alimentação, roupas específicas, outros. “É um multiplicador da economia”, atesta.
Inclusive, o economista, que foi eleito vereador por Rondonópolis neste pleito de 2012, externa que conversou com o novo pró-reitor, Javert Melo, e já se colocou à disposição de contribuir com o processo de implantação desse projeto. “Do ponto de vista da saúde e da economia, a cidade só tem a ganhar”, projeta.
Para Javert Melo, que foi ex-secretário municipal de Educação, o novo curso trará impacto, principalmente, no setor da saúde local. Ele acredita que haverá mais profissionais da saúde para atender a demanda. “Às vezes tem o recurso e não tem o médico”, diz. Com isso, externa que a qualidade da saúde tende a melhorar e, consequentemente, a qualidade de vida da população.

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