Os resultados das análises foram apresentados ontem (27), durante reunião da Comissão de Gestão da Produção da Aprosoja. A doutora em Ciências Biológicas da UFMT, Cida Canepele, que esteve à frente do trabalho, destacou que os índices de proteína e óleo da última safra de soja produzida em Mato Grosso foram os maiores desde o início da pesquisa.
“Nesta safra vimos que os valores médios dos grãos foram melhores que nas safras anteriores. Um dos fatores que pode ter contribuído para isto foi o tempo, pois na última safra tivemos mais chuvas e maior exposição solar”, concluiu Cida Canepele.
Para realizar a pesquisa, os produtores rurais encaminharam amostras dos grãos para o laboratório da UFMT. A equipe de pesquisadores coletou 188 amostras de cultivares de ciclos precoce, médio e tardio, nas quatro regiões de Mato Grosso. A partir daí, foi possível avaliar qual região possuía o grão de melhor qualidade nutricional nos quesitos acidez, proteína e extrato etéreo (teor de óleo) e também na qualidade física.
Com esta pesquisa, a Aprosoja objetiva oferecer aos produtores conhecimento sobre o produto produzido por eles, a fim de agregar valor e destacá-lo no mercado consumidor. Segundo o coordenador da comissão de Gestão da Produção, Naildo Lopes, a pesquisa apresentada na reunião referenda a qualidade do material produzido no Estado. “É a universidade reforçando, com conhecimento científico, que o nosso produto é de alta qualidade e está acima de outros países, como os Estados Unidos”, frisou.
PROJETO
O projeto Classificação de Grãos tem entre seus objetivos equacionar os problemas de classificação da soja no estado, auxiliando os produtores na hora de comercializar o grão para que recebam remuneração justa pela produção. Além disso, a Aprosoja busca obter validações científicas que comprovem a qualidade intrínseca da soja mato-grossense. Em 2012, o projeto foi dividido em três subprojetos: padronização da classificação e amostragem; descontos; qualidade intrínseca.
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