–> LIBERADO –> A Polícia Civil prendeu, por volta das 15 horas de ontem, o engenheiro ambiental do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis, Hermes Ávila de Castro, acusado da prática de crime ambiental. Além do engenheiro, a polícia está à procura da diretora geral do Sanear Terezinha Silva e do diretor técnico Júlio Goulart, também autuados em flagrante pelo mesmo crime. Na tarde de ontem, cerca de 20 policiais estavam trabalhando para prender os diretores. Eles são acusados de ter promovido o despejo de esgoto in natura no Rio Vermelho.
Segundo o delegado regional de polícia, Percival Eleutério de Paula, em entrevista coletiva na tarde de ontem, no Cisc, juntamente com os delegados Henrique de Freitas Meneguelo e Sebastião Lopes, a ação da Polícia Civil se motivou em razão de um novo Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela Polícia Militar Ambiental e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA/MT) que denunciava que o esgoto, de forma criminosa, continuava sendo despejado no Rio Vermelho desde a sexta-feira passada. Como havia a prática do crime denunciada no BO, a polícia, no uso das suas prerrogativas, aplicou o flagrante nos acusados pelo delito.
De acordo com o delegado Sebastião Lopes, os responsáveis pelo Sanear cometeram crime contra o meio ambiente e poderão responder pelas sanções previstas na Lei Federal 9.605, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
“Eles serão enquadrados no artigo 54, onde diz que causar poluição de qualquer natureza em níveis que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora, é prevista pena de um a cinco anos”, disse o delegado.
Conforme o delegado Henrique de Freitas, o crime ambiental ao qual os responsáveis pelo Sanear são acusados é inafiançável. “Eles só poderão ter fiança arbitrada em juízo”, ressaltou o delegado.
Anteontem, o Ministério Público Estadual (MPE) por meio da Promotoria Pública do Meio Ambiente, se manifestou no Fórum de Justiça da comarca local pela prisão preventiva do diretor técnico do Sanear Júlio Goulart, acusado de ser o responsável direto pelo lançamento de mais de 60 milhões de litros de esgoto in natura no Rio Vermelho.
Este foi o segundo pedido do MP pela prisão do diretor técnico. No sábado passado, durante o plantão, o MP requereu a prisão de Júlio Goulart, porém, o juiz plantonista Luís Augusto Veras Gadelha indeferiu [não acatou] o pedido. Até a tarde de ontem, o juiz responsável pelo novo pedido ainda não havia dado o despacho na manifestação do MP.
A Polícia Civil, no entanto, entendendo que o crime ambiental continuava sendo praticado, se antecipou e decidiu por autuar em flagrante os diretores do Sanear.
SISPMUR EMITE NOTA
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur) emitiu uma nota de apoio ao servidor de carreira do Sanear, Hermes Ávila de Castro, que foi preso na tarde de ontem acusado da prática de crime contra o meio ambiente.
“O Sindicato, como instituição de defesa dos servidores municipais, entende que a prisão foi indevida, já que o servidor em nada contribui ou contribuiu para o dano ambiental no Rio Vermelho, deste modo, o Sispmur está acompanhando o caso e dará, na medida das necessidades, todo o apoio ao servidor Hermes Ávila de Castro”, enfatiza a nota assinada pelo presidente do sindicato, Rubens Paulo.
Se assumir a prefeitura, Ananias não descarta exonerar Terezinha do Sanear
Em relação à polêmica com o Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), que está sendo acusado de crime ambiental, conforme reportagens que vêm sendo divulgadas no jornal A TRIBUNA, por conta do lançamento de esgoto in natura no Rio Vermelho, o presidente do Legislativo Municipal, Ananias Filho (PR), disse que pretende tomar medidas urgentes, caso realmente assuma a prefeitura no lugar do atual prefeito Zé Carlos do Pátio (PMDB).
O presidente da Casa de Leis falou que vai seguir a vontade da população e, quando perguntado se a diretora do Sanear, Terezinha Silva Souza, poderia ser exonerada do cargo, Ananias não afirmou, porém, também não negou. “A sociedade vai mostrar o que quer e se o caminho for esse, seguirei a vontade da sociedade”, expôs.
Nos últimos dias, Ananias chegou a pedir a prisão e indisponibilidade dos bens dos diretores do Sanear. Na última terça-feira (8), ele reiterou o pedido em uma reunião na Câmara para tratar do assunto.
Sobre o problema em torno das obras de duplicação da travessia urbana da BR-364, em Rondonópolis, o presidente do Legislativo garantiu que também tomará todas as decisões necessárias de acordo com as medidas cabíveis.
Criticar é fácil, as vezes eu penso que as pessoas só veem os defeitos,as qualidades as pessoas não veem .Errar é humano, cadeia não resolve, o que resolve é limpar o rio. Agora é só investigar, e ver quem tem que ser punido.Mas e a multa já não foi paga,então vamos trabalhar Rondonópolis.
Quero aqui deixar meu apoio ao colega Engenheiro Hermes Castro. É como diz o ditado: “a corda sempre arrebenta do lado mais fraco”. É muito facil prender um profissional que trabalha, tem endereço fixo, e não oferece perigo nenhum a sociedade. Quero ver prender bandido, assassino, estuprador, esses a justiça e a polícia levam anos pra prender, quando prende…
Concordo com SISPMUR: a prisão foi indevida.
Mas que vergonha para Rondonópolis.
Não defendendo ninguem, mas essa prisão irá resolver em nada a situação, além de não penalizar os verdadeiros culpados. Analisando o contexto, de quem é a culpa? Bom se usarmos a logica, a culpa seria do gestor da cidade, porém também seria dos vereadores cobrarem da administação… A coleta e tratamento do bendito do esgoto também seria do Ministerio Público seção de meio ambiente… Agora quem desses dai deu a cara a tapa… Denunciar é facil, querer fiscalizar é facil… Polêmica é mais facil ainda ….Trabalhar é dificil, ainda mais com a morosidade que temos em todas as esferas. Coitado do engenheiro,que tava na ponta da corda e arrebemtou para ele, porque os outros ja estão longe…