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Polícia Federal prende empresário e delegado de polícia

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Foram cumpridos ontem mandados de prisões preventiva expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Mato Grosso, a pedido do Ministério Público Federal, em face do delegado de Polícia Civil Márcio Pieroni, então chefe da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), e do empresário Josino Pereira Guimarães, por suposto envolvimento na morte do juiz de Direito Leopoldino Marques do Amaral, em 1999.
Além do pedido de prisão, o Ministério Público Federal também denunciou Márcio Pieroni, Josino Guimarães, seu irmão Cloves Luiz Guimarães, Gardel Tadeu Ferreira de Lima e o detento Abadia Paes Proença pelos supostos crimes de formação de quadrilha armada, denunciação caluniosa, falsidade ideológica, fraude processual, interceptação telefônica para fins não autorizados em lei, quebra de sigilo funcional e violação de sepultura. Josino foi preso em Rondonópolis.
A acusação refere-se à suposta montagem de um simulacro de investigação paralela comandada pelo delegado Pieroni para tentar levantar suspeitas das provas que subsidiam o processo judicial, em trâmite na Justiça Federal, no qual Josino deverá ser julgado em breve por um Júri Popular pelo suposto assassinato do Juiz Leopoldino.
Conforme a assessoria de comunicação da Procuradoria da República em Mato Grosso (PRMT),  para iniciar a investigação paralela, Pieroni relatou perante o Juizado Especial Criminal da Comarca de Cuiabá a existência de um falso crime de ameaça. “O objetivo era plantar dúvida sobre a morte do juiz, afirmando que ele estaria vivo e morando na Bolívia. Nesta investigação montada pela Polícia Civil, depoimentos foram falsificados, realizaram-se interceptações telefônicas cujos diálogos foram orientados pelos réus, produziram-se laudos periciais por dentistas particulares para legitimar a fraude. Um dos dentistas, nomeado por Pieroni para este fim, que realizou exame de arcada dentária recebeu de Josino R$ 2,5 mil pelo laudo, conforme confessado pelo próprio dentista, o qual entregou o comprovante de depósito ao Ministério Público Federal”, repassou a assessoria da PRMT. “De posse desses depoimentos e laudos, Pieroni, em conluio com os demais réus, conseguiu na Justiça Estadual autorização para exumação dos restos mortais de Leopoldino com o objetivo de obter novo laudo odontolegista que colocasse em dúvida que o corpo enterrado não seria do juiz. A farsa dos réus não obteve êxito graças à rápida intervenção dos Ministérios Público Estadual e Federal que no mesmo dia da exumação obtiveram ordem judicial da Justiça Federal para que todo o trabalho fosse interrompido”, acrescenta a PRMT por meio de sua assessoria.
A partir de então, conforme a Procuradoria, foram instauradas investigações pela Polícia Federal e Ministério Público Federal que, ao final, comprovaram a fraude. “Nos depoimentos prestados perante a Polícia Federal, somente Abadia Proença, que está preso aguardando julgamento pelo crime de latrocínio contra uma idosa, continuou mantendo suas declarações prestadas para o delegado Pieroni. Todas as outras pessoas ouvidas na Polícia Civil confirmaram a fraude, atestando que não prestaram as declarações da forma como redigidas pelo delegado Pieroni, e afirmaram terem sido orientadas para ligarem para números de telefones interceptados e terem suas conversas direcionadas pelo delegado Pieroni e o agente de polícia Gardel”, informa a assessoria da PRMT no site da instituição.
Ademais, sempre conforme a Procuradoria da República em Mato Grosso, o delegado Pieroni, após ouvir informalmente o diretor do IML de Mato Grosso, Jorge Caramuru, de que as provas apresentadas em nada interfeririam nos resultados periciais anteriores que comprovavam a morte do juiz, conforme relatado na Procuradoria da República, procurou dentistas de fora do quadro oficial de peritos para serem nomeados para emitirem laudos, sendo que um destes laudos supostamente teria sido pago por Josino e seu irmão Cloves Guimarães. “Durante a investigação, identificou-se que mesmo antes da produção de qualquer prova na Polícia Civil, Pieroni já relatava para o diretor do Instituto Médico Legal (IML) de que provavelmente ocorreria a exumação dos restos mortais do juiz Leopoldino”, externa a assessoria da PRMT, acrescentando que as investigações prosseguem não se descartando a possibilidade da ocorrência de novas prisões, conforme o resultado das diligências. (Com assessoria da PRMT).

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