Casos de separação lideram os registros do Conselho da Mulher

Os casos de separação de casais lideram a lista de registros do Conselho Municipal da Mulher de Rondonópolis. No ano passado, esse tipo de ocorrência registrou 468 casos. Já no primeiro mês deste ano são 25. “As mulheres vem à sede da entidade em busca de informações sobre o pedido de divórcio, a guarda dos filhos e até mesmo quando o marido pede para a esposa ir embora de casa. Elas vêm buscar orientação sobre como agir para procurar os seus direitos na Justiça”, disse Sandra Raquel Mendes, presidente do Conselho.
Ela explicou que as mulheres, em fase de separação, são ouvidas pelas conselheiras. “Conforme cada caso, nós a encaminhamos para a Defensoria Pública, Núcleo de Práticas Jurídicas de uma faculdade particular ou centros de referência e assistência social”, disse.
De acordo com Sandra, muitas mulheres que estão com a ideia de separar dos maridos vão até o Conselho para desabafar e pedir orientação sobre sua vida conjugal. “Nós aqui na entidade já ajudamos muitas mulheres a recuperarem os seus casamentos. Quando percebemos que o relacionamento pode mudar para melhor, a esposa é incentivada a dar uma nova chance ao marido. Com essa iniciativa, muitas famílias já foram reestruturadas”, conta.
Segundo Sandra Raquel, o alcoolismo é uma das principais causas da separação de casais. “Muitas esposas estão cansadas com esse problema em casa. Maridos passam o dia no bar e, quando chegam em casa, querem espancar as sua mulheres”, ressaltou.
CONSELHO NOS BAIRROS
Na sexta-feira passada (4), em uma reunião que aconteceu na Pastoral da Mulher, em Vila Operária, Sandra Raquel sugeriu a criação de uma unidade do Conselho da Mulher em Vila Operária e outra na região Salmen. “Na cidade, em diferentes bairros, existem outras unidades do Conselho Tutelar, isso porque existe demanda. Vejo a questão da defesa dos direitos das mulheres com a mesma amplitude”, avalia.
Para Sandra Raquel, a criação do Conselho da Mulher de Vila Operária vai atender os quarenta bairros que compreendem a região. Isso também na região Salmen. Além disso, fortalecerá a luta em prol aos direitos das mulheres.