No período de chuvas as ações de combate à dengue foram intensificadas em Rondonópolis, atendendo a recomendação do Ministério da Saúde. A exigência que é feita a todos os municípios prioritários incluídos no Plano Nacional de Combate à doença teve resultados satisfatórios.
De acordo com as autoridades ligadas à saúde no município, durante a Leitura de Índice Rápido para Aedes Aegypti (Lira), realizada entre os dias 3 e 5 de maio de 2010 foi apontado 0,8% para casos positivos, o que classifica Rondonópolis como baixo risco.
O objetivo da pesquisa, que acontece a cada três meses, é detectar o índice de infestação predial do vetor, identificar os principais tipos de criadouro e classificar a cidade quanto ao risco de uma epidemia.
Entre os três dias, a equipe de fiscais dos departamentos de Vigilância Sanitária (Visa), Saúde Coletiva e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) participou das visitas em cerca de 3.800 casas e terrenos em toda a cidade, para a coleta de material. O último levantamento foi realizado nos dias 18 a 20 de janeiro deste ano e classificou o município como alto risco, com 4,5% de infestação.
O gerente do Núcleo da Vigilância Ambiental, Edgar da Silva Prates, explica que o baixo índice é resposta dos trabalhos desenvolvidos durante os mutirões de limpeza dos terrenos, além da atuação em conjunto dos profissionais da vigilância ambiental e epidemiológica na visita às casas e no bloqueio químico. “O que mais chama atenção e nos deixa preocupados é que apesar das chuvas terem cessado, o maior número de focos, aproximadamente 48,6%, foi detectado em vasos e pratos de plantas e bebedouro de animais”, fala.
Edgar enfatiza que antes o problema era causado pela falta de limpeza. “Com os trabalhos de gradeação que a equipe da Prefeitura desenvolve, além de melhorar o aspecto urbanístico, diminuiu o risco da proliferação do mosquito”, lembra.
O biólogo José Márcio da Silva esclarece que mesmo com o resultado positivo do Lira, a Secretaria de Saúde do Município vai continuar promovendo ações de prevenção. “O período chuvoso terminou, no entanto precisamos do apoio dos moradores. Os mutirões de limpeza são constantes e a conscientização da comunidade é necessária. Cuidar dos recipientes que armazenam água deve ser tarefa diária para diminuirmos ainda mais os casos da doença, que em abril foi de apenas 97 pessoas infectadas”, lembra.
