A forte chuva que atingiu Rondonópolis na manhã de ontem (20/10) causou transtornos em diversos pontos do município. O grande volume de água e a falta de infraestrutura ocasionaram vários alagamentos. Mesmo assim, a chuva não deixou vítimas nem ocasionou acidentes graves. A equipe do Corpo de Bombeiros informou que não recebeu nenhuma solicitação para atendimento durante a chuva.
A maioria dos trechos alagados ou com forte enxurrada na cidade é velha conhecida da população. Um dos pontos críticos é o cruzamento da Avenida Lions Internacional com a Rua Fernando Correa da Costa, na região do bairro Coopharondon. Até as 9h da manhã, o trecho esteve totalmente alagado.
Conforme pessoas da região, veículos pequenos não passavam pelo cruzamento e até caminhão encontrava dificuldades em atravessá-lo. “Este problema já se arrasta há longos anos, sem que nenhum órgão competente tome providência, uma vez que os impostos pagos neste bairro são de alto custo”, reclamou um leitor do Jornal A TRIBUNA.
Moradores da Vila Mamed, ao lado da BR-364, região baixa da cidade, localizada próxima ao Rio Vermelho, ligaram para a imprensa e reclamaram do antigo problema de alagamento nas ruas do bairro.
Alguns moradores do Residencial Bela Vista, região alta da cidade, também ficaram na bronca com a Prefeitura de Rondonópolis. Várias ruas do bairro sofreram com a água da chuva. Eles reclamam que a situação piorou após uma obra da Prefeitura.
Na região do Posto Trevão, os problemas se repetiram, apesar de ser uma região alta da cidade. A forte enxurrada alagou uma casa, invadiu o pátio do posto de combustível e prosseguiu pela rodovia. Um caminhão chegou a afundar parcialmente em meio ao asfalto da BR-364.
Na região da rotatória da MT-270, entre o Centro de Eventos Ipê e o Condomínio Village do Cerrado, a forte enxurrada chegou a preocupar motoristas que passavam pelo lugar.
Em várias outras regiões da cidade, problemas de alagamento e forte enxurrada se repetiram, mostrando problemas estruturais como a falta de rede de águas pluviais, ausência de canalização de córregos ou bocas de lobos entupidas.
A chuva também causou transtornos na região central (veja matéria nesta página). Para alívio dos motoristas que usam a Avenida Presidente Médici, a região do cruzamento com a Rua Ary Coelho não chegou a alagar na manhã desta terça-feira.
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Chuva causa alagamentos na cidade
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A sucessão de erros nas administrações passadas, quanto à construção de rede pluvial de água (obras não visíveis), tem deixado a população preocupada. Os mais necessitados, que sempre moram em áreas propícias às fortes enxurradas, muitas vezes às margens do rios, são as que mais sofrem, como já sofri nos anos setenta, morando na beira do Arareau. Nada melhorou para as classes mais necessitadas, apenas as promessas e os administradores. Entra ano saiu ano e o tal do fulano ainda é pior, já dizia o Dalvan em sua música, é mesmo lamentável.
Viriato Bispo Seabra, é advogado, morador em Rondonópolis desde 1975.
Além de todos esses problemas apontados pela reportagem, acredito que um outro bastante evidente é sem dúvida alguma a falta de arborização da cidade e ainda a necessidade de ‘Revitalização” e não apenas “canalização’ dos córregos que “cortam” a cidade. Se houvesse uma Revitalização dos córregos, com certeza diminuiria e muito quase todos esses problemas abordados na reportagem.
Aires José Pereira é Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, graduado e Especialista em Geografia pela UFMT, Doutorando em Geografia na UFU, prof. da UFT, co-autor do Hino Oficial de Rondonópolis, escritor com 11 livros publicados e membro efetivo da ACALANTO – Academia de Letras de Araguaína e Norte do Tocantins.
A natureza covardemente agredida, revida.