Alunos do Centro de Reabilitação Louis Braille, de Rondonópolis, fizeram bonito nas Paralimpíadas Escolares 2019, que aconteceram na última semana, em São Paulo. Três rondonopolitanos participaram da competição, sendo que dois deles conseguiram quebrar o recorde na modalidade de salto em distância.
De acordo com a diretora do Louis Braille, Fernanda Moreto, os jovens atletas paralímpicos fazem parte do projeto “Na Corrida pela Inclusão” e foram para a competição acompanhados pelo professor Jerson Vicente Demamann, que já treina os estudantes há algum tempo.
“O professor Jerson inscreveu esses atletas representando o Braille para essa competição que reúne paratletas de todas as escolas do país. E é importante para nós isso, pois o esporte permite um desenvolvimento global nesses jovens. Nós vemos uma atuação muito diferente dos meninos, a integração deles com o meio, com as pessoas mudou muito, porque eles desenvolvem muito a parte física, motora, sensorial por meio do esporte. E isso tem trazido benefícios muito interessantes para eles como indivíduos”, explica a diretora.
Ainda de acordo com a diretora, o projeto “Na Corrida pela Inclusão” é financiado pelo Fundo da Infância e Adolescência (FIA), o que permite que os seus alunos desenvolvam suas habilidades no esporte, o que já começa a dar resultados, com os representantes da cidade se dando bem em competições nacionais, como as Paralimpíadas Escolares, onde o jovem Henrique Dhoy Nunes Ferreira, que compete na categoria Sub-18, ganhou a medalha de ouro no salto em distância e nos 100 metros, sendo que é o segundo ano seguido que ele vence no salto.
Outro que venceu na sua categoria foi o aluno Thallysson Enrick Nunes de Oliveira, que competiu na categoria Sub-14 e ganhou a medalha de ouro no salto em distância e nos 60 metros. Tanto Henrique quanto Thallyson estabeleceram novos recordes brasileiros no salto.
Já João Antônio Angelim Neto da Silva participou pela primeira vez da competição e ficou em 11° lugar entre 22 participantes no salto em distância.
Para a diretora do Louis Braille, o resultado obtido pelos alunos serve como estímulo para que a direção da escola invista ainda mais no desenvolvimento da capacidade esportiva de seus alunos. “A gente vê que temos que intensificar esse trabalho no ano que vem, abranger mais gente. Mas também fazer um trabalho mais aprofundado com relação ao desporto, pois queremos levar eles para o campeonato brasileiro e até para fora do país, se for possível. Esses garotos que competiram esse ano precisam de um trabalho diferenciado, pois um deles, o Henrique Dhoy, já é bicampeão na categoria dele. Com eles, precisamos focar num trabalho mais específico, com foco em competições maiores”, concluiu Fernanda Moreto.
