O presidente da CBF, José Maria Marin, disse nesta terça-feira, em Salvador, estar “descontente” com o nível da arbitragem brasileira, mas afirmou esperar uma “melhora gradual” na qualidade das atuações dos árbitros e auxiliares no Brasil. O dirigente reconheceu que “falhas de interpretação” têm prejudicado os jogos do Brasileirão e defendeu as punições que têm sido impostas aos juízes que erram. “É preciso dar uma satisfação ao torcedor”, justificou. “Não aceitamos, nem toleramos, que essas coisas aconteçam no futebol brasileiro.”
Na última segunda-feira, os árbitros das polêmicas vitórias de Fluminense e Atlético-MG, respectivamente sobre Ponte Preta e Sport (ambas por 2 a 1), foram afastados pela CBF. De acordo com a entidade, Nielson Nogueira Dias e Flávio Rodrigues Guerra vão passar por uma “reciclagem”, ficando fora das próximas rodadas do Brasileirão.
Segundo Marin, foram realizadas mudanças para melhorar as condições de trabalho dos árbitros, mas os resultados ainda não foram percebidos. “Investimos muito na compra de equipamentos eletrônicos, colocamos auxiliares atrás do gol e, finalmente, fizemos uma mudança no comando (da Comissão de Arbitragem da CBF)”, alegou o dirigente. “Nem sempre nosso objetivo é alcançado de imediato, mas tenho certeza de que isso vai melhorar. Tem de melhorar.”
Ele não descartou adotar a “profissionalização” dos árbitros brasileiros, “caso seja necessário”, e pediu um “voto de confiança” para a nova direção da Comissão de Arbitragem da CBF. “(A profissionalização) É um tema que tem sido abordado e discutido com frequência, nós estamos acompanhando atentamente”, revelou Marin. “Dentro do possível, vamos gradualmente melhorando esse setor.”
Marin esteve nesta terça-feira em Salvador para conhecer as obras da Arena Fonte Nova, palco dos jogos da Copa do Mundo de 2014 na Bahia. No local, contou ter ficado “emocionado” ao “ver o estádio quase pronto” e parabenizou o governador Jaques Wagner e os responsáveis pela construção da arena – o Consórcio Arena Salvador, formado pelas construtoras Odebrecht e OAS. Segundo os dados oficiais, 74% das obras estão prontas e a conclusão da construção está programada para dezembro, seguindo o cronograma inicial.
