Emerson Leão chegou ao São Paulo para chacoalhar a equipe, trôpega desde setembro e que venceu apenas uma das últimas nove partidas disputadas – tanto pelo Campeonato Brasileiro como pela Copa Sul-Americana. E, nos seus primeiros dias de trabalho, o novo comandante, entre observações, modificações táticas e broncas, tem dado atenção especial ao meia Lucas.
Nesta sexta-feira, no treino no CT da Barra Funda (zona oeste de São Paulo), Leão parou diversas vezes o coletivo para orientar o atleta de 19 anos: como bater na bola, posicionamento e até a atitude do jogador dentro do gramado, foram alguns dos temas conversados. “O Lucas vai começar a jogar”, garantiu o treinador, minutos depois.
Principal revelação do clube do ano passado, o meia é um dos protagonistas da má fase do São Paulo, já que não participa de ações efetivas do ataque há exatos nove confrontos. Nada de gols, nem assistências. A queda de rendimento do camisa 7 não é apenas um problema para o presente. O jogador é a joia da coroa são-paulina para futura negociação com o exterior. Sua multa rescisória é a maior do futebol brasileiro, em torno dos 80 milhões de euros (R$ 195 milhões).
“Se conseguiu esse status, é fruto do que fez. Mas não está colhendo os frutos que plantou. Vamos auxiliar quem não tem brilho próprio e quem tem precisa começar a brilhar”, disparou o treinador, que, apesar de valorizar a juventude do elenco, já avisou que não vai tratar ninguém como bebê. “Não seremos babás de jogador algum”.
