Morais e Boquita não encantaram na posição, Defederico ainda é considerado um atacante e Tcheco segue deixando a desejar. O problema crônico na armação das jogadas desde a saída de Douglas, em julho de 2009, repete-se agora. Ciente de que a bola não chega aos atacantes do Corinthians, Danilo volta ao time neste domingo, às 16 horas, diante do São Caetano, na Arena Barueri, para ser o “salvador da pátria”, rótulo que prefere não carregar. O meia atuará ao menos um tempo para estar inteiro na próxima quarta-feira, diante do Independiente Medellín, em Bogotá, pela Copa Libertadores.
“Precisamos voltar a vencer o mais rápido possível para evitar a desconfiança”, admitiu Danilo, citando os três jogos sem triunfo no Paulistão (empates por 0 a 0 com Rio Branco e 1 a 1 com o Botafogo e derrota para o Santos por 2 a 1). “Só a vitória nos trará tranquilidade”.
Danilo chegou ao clube como um plano B. A diretoria nunca escondeu sua vontade em trazer o argentino Riquelme para ser o maestro da Libertadores. Desembarcou sob a desconfiança da torcida, que pouco o via em ação no Japão e pela identificação com o arquirrival São Paulo, onde se destacou.
De cara fez a tradicional jura de amor ao Corinthians, apagou o passado são-paulino e prometeu grandes apresentações. O cartão de visitas veio numa grande demonstração de garra e ajuda no 1 a 0 sobre o Palmeiras, no qual Roberto Carlos foi expulso com oito minutos.
Uma lesão muscular afastou o jogador de campo por 15 dias e agora, com a confirmação da camisa 10, ele espera não decepcionar. “O time está precisando melhorar o passe final, mas a responsabilidade não é só de um jogador”, avisou. “Todos têm de dar uma parcela e acredito que, com os treinos, vamos estar bem ajustados”, apostou.
O armador entrará em campo pressionado. Sem Tcheco e Ronaldo, poupados, e com as reclamações de Mano Menezes, na última quinta, por causa dos problemas na articulação dos lances, todos estarão com os olhos mirados nele. “Acho que temos condições de produzir mais, pois ainda falta velocidade e lucidez na armação”, foi a cobrança do técnico, ainda no Pacaembu, quando confirmou a volta de Danilo. “Vamos observá-lo pelo menos um tempo”.
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