A febre Armeration é culpa de Diego Souza. Foi o meia que, indignado com as coreografias santistas na hora dos gols, armou a resposta. Gritou para os colegas quando o placar era 2 a 1: “Vamos devolver!”
Devolveram mesmo. Cada jogador fez uma dança diferente. Mas nenhuma tão hilariante quanto a de Pablo Armero. O lateral criou um gênero musical: Armeration, o “Rebolation” do Armero.
As imagens fizeram a alegria dos programas esportivos na televisão e foram parar no Youtube, site de compartilhamento de vídeos. “Do mesmo jeito que o Santos comemorou, nós também comemoramos. Foi um momento de desabafo pelo momento que estávamos passando e principalmente pela alegria do empate”, disse o lateral/coreógrafo.
Diego Souza também bailou, todo desengonçado e foi quem mais ostensivamente provocou a torcida na Vila. “Eles pagaram ao Santos com a mesma moeda. A dancinha foi horrorosa. Liguei para o Diego e falei que ele e não tem molejo para isso”, divertiu-se o são-paulino Léo Lima.
Nos dois primeiros gols do Peixe, Pará e Neymar fizeram movimentos coreografados. Para Antônio Carlos, o Palmeiras apenas devolveu na mesma moeda. “Foi realmente uma forma de cutucar os jogadores adversários, mas isso é normal do futebol. Faz parte”, comentou.
A festa da garotada alvinegra foi combinada. A dos palmeirenses, descoordenada. Mas Armero – e o seu rebolado frenético – foi, é claro, quem mais chamou a atenção. “Cada um dançou no seu próprio ritmo”, constatou Diego Souza nesta segunda-feira, antes do embarque da delegação para Belém, onde amanhã enfrenta o Paysandu, pela Copa do Brasil.
Depois que a poeira da rivalidade abaixou, até os santistas deram risada do lateral colombiano. “Até agora não entendi o que o Armero quis fazer”, constata Pará, sem ver qualquer problema na comemoração do rival do clássico.
O palmeirense conseguiu com o seu Armeration deixar em segundo plano um jogo espetacular. Disparado o melhor do Campeonato Paulista até agora. “A dança do Armero foi fantástica. Enquanto o Santos reclama, o Palmeiras comemora”, caiu na gargalhada o também ala esquerdo Roberto Carlos, do Corinthians.
