Não é nada fácil a rotina de uma mãe. Acordar cedo, arrumar os filhos para a escola, fazê-los tomar o café da manhã, ir para o trabalho, atender clientes, entregar relatórios, ou ficar em casa administrando tudo aquilo que filhos e maridos deixaram para trás… é mesmo uma maratona.
A mulher, em geral, possui um número maior de papéis relacionados às áreas importantes da vida, explica Christian Barbosa, especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade. “Essa é uma das razões para elas possuírem tantas tarefas urgentes para administrar e serem mais estressadas e nervosas no dia a dia”.
O principal papel desempenhado pela mulher é o de mãe e para elas o dia deveria ter mais do que 24 horas para dar conta de tantas atribuições. Mas será que é isso mesmo? Para Christian, o problema é outro: “o problema não está na falta de tempo, mas na forma como ele é utilizado. Um dia tem e sempre terá as mesmas 24 horas, por isso é preciso reduzir as atividades circunstanciais, que trazem nenhum tipo de resultado para sua vida – como reuniões desnecessárias, spams, ligações telefônicas sem sentido – e focar no que realmente é importante”, ensina.
Para o especialista, a mulher precisa assumir o controle do seu tempo. Nas tarefas domésticas, por exemplo, são poucas as mulheres que conseguem compartilhar essas responsabilidades com seus cônjuges ou familiares. Porém, para conseguir ter mais tempo, é preciso conscientizar todos sobre a importância da divisão de tarefas. “Essa é uma forma saudável de equilíbrio e de cumplicidade no relacionamento”, afirma.
Outra dica de Christian é fazer uma reunião aos domingos com a família para planejar a semana, deixando 30% do tempo livre para imprevistos. “A mãe não pode esquecer das tarefas pessoas, como passar no cabeleireiro ou na manicure. Ela não pode esquecer também de reservar um tempo para atualizar seus e-mails”, alerta.
O mais importante, ensina, é enxergar que é possível ser mãe, esposa e profissional bem sucedida. Basta ter planejamento e uma estratégia definida. Isso significa, por exemplo, momentos curtos, constantes e com alta qualidade com os filhos. Se não é possível dedicar horas do dia para as crianças, destine 20 ou 30 minutos pelo menos, mas que sejam instantes comprometidos em ouvir, brincar e viver com o seu filho. Desligue a TV, o celular, as preocupações diárias e foque exclusivamente no pequeno. Esses intervalos regulares com qualidade ajudam a criança na percepção da presença materna, mesmo com uma agenda de trabalho agitada.