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SOJA: preços recuam

Os preços da soja recuaram nas principais praças do Brasil nesta semana, acompanhando a realização de lucros deflagrada na quinta-feira em Chicago e também a queda do dólar frente ao real. O ritmo dos negócios seguiu lento, com operações pontuais, principalmente no mercado disponível do Rio Grande do Sul.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 67,00 para R$ 65,50 entre 3 e 10 de abril. No mesmo período, o preço recuou de R$ 67,00 para R$ 65,00 em Cascavel (PR), de R$ 60,00 para R$ 58,00 em Rondonópolis, de R$ 61,50 para R$ 60,50 em Dourados (MS) e de R$ 63,50 para R$ 61,00 em Rio Verde (GO).
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com entrega em maio baixaram de US$ 14,75 para US$ 14,67 por bushel. O mercado chegou a atingir o melhor nível desde junho na quarta, após o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No final da semana, no entanto, o mercado realizou lucros, com rumores de cancelamentos por parte da China.

MILHO: atento ao USDA

O mercado brasileiro de milho teve poucos negócios. Os compradores estiveram bem posicionados e fechando compras para necessidades imediatas. A semana foi de especulação com o relatório de oferta e demanda de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta quarta-feira (09), dominando as atenções dos operadores.
O relatório reduziu a projeção de estoques americanos na temporada 2013/14. A previsão para as exportações foi elevada. Segundo o Departamento, a safra está estimada em 13,925 bilhões de bushels, sem alteração. Os estoques finais foram estimados em 1,331 bilhão de bushels, contra 1,456 bilhão projetados em março.
O USDA elevou a sua estimativa para as exportações, que passaram de 1,625 bilhão para 1,75 bilhão de bushels. A utilização de milho para produção de etanol está estimada em 5 bilhões de bushels, repetindo o relatório anterior.
O relatório também indicou a safra mundial em 973,90 milhões de toneladas, contra 967,52 milhões do relatório de março. Os estoques finais tiveram sua projeção reduzida de 158,47 milhões para 158 milhões de toneladas.
A safra americana está estimada em 353,72 milhões de toneladas. A estimativa de safra brasileira subiu de 70 para 72 milhões de toneladas e a da África do Sul de 13 para 14 milhões de toneladas. A China deverá produzir 217,73 milhões de toneladas, mesmo volume previsto no mês passado. A Ucrânia teve sua projeção mantida em 30,9 milhões de toneladas. A produção da Argentina foi mantida em 24 milhões de toneladas.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, pode-se dizer que a expectativa em torno do relatório do USDA dominou totalmente as ações. Logo depois, não teve muito espaço para firmar negócios. A expectativa é de maior movimentação na próxima semana, uma vez que o feriado de Páscoa pode encurtar os estoques.
Nesta quinta-feira (10), o porto de Paranaguá registrou preço a R$ 29/30,50 a saca, com o Porto de Santos em alta, a R$ 31/32,50 contra R$ 30,50/32,50 de anteontem, para os contratos de agosto e setembro.
No estado do Paraná, a cotação comprador/vendedor em Cascavel ficou estável, a R$ 25/26,00 a saca. Em Goiás, preços estáveis, a R$ 24/25,00, em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço a R$ 23/24,00, em Rondonópolis.

BOI: mais oferta

Não é segredo que o quadro de oferta de boi gordo mudou sensivelmente durante a primeira quinzena de abril. O quadro de restrição de oferta melhorou muito desde março. As boas condições climáticas beneficiaram as pastagens que se recuperaram. Com o pasto de boa qualidade, tornou-se menos complicada a engorda dos animais, que devem alcançar o peso ideal de abate durante os meses de abril e maio.
Essa situação promove consideráveis mudanças no mercado físico, desde então os frigoríficos de uma maneira geral conseguiram compor suas escalas de forma satisfatória. Apesar disso, a situação ainda está distante do ideal. Muitos frigoríficos ainda operam com capacidade reduzida, na tentativa de recuperar o preço das carnes durante a primeira quinzena de abril.
A estratégia dos frigoríficos durante a primeira quinzena de abril fica evidente. Com a forte queda dos preços da carne há o respaldo necessário para reduzir sistematicamente o preço de balcão. Com os preços em queda certamente haverá maior resistência por parte dos pecuaristas, que devem travar as negociações. Nesse contexto os frigoríficos voltariam a ficar pressionados, com estoques desabastecidos, justamente em um período de boa demanda sazonal, em que a reposição é muito efetiva.
Com isso há espaço para recuperação do preço da carne no atacado durante a primeira quinzena de abril, garantindo maior rentabilidade ao longo do mês. Por outro lado o pecuarista ainda apresenta boas condições em reter o boi no pasto, ou seja, há maneiras de forçar reajustes nos mercados regionais durante os próximos dias.
Há bom volume de oferta aguardado para o mês de abril, entretanto as pastagens apresentam excelentes condições, o que certamente beneficia a retenção de boi gordo no pasto. Além disso, as dificuldades logísticas no Mato Grosso e em toda a Região Norte não estão plenamente elucidadas, portanto o embarque e o transporte de boi gordo ainda é uma tarefa complexa, que precisa ser avaliada com grande cautela pelas partes envolvidas.
A média semanal de preços (de 07 a 10/04) em São Paulo foi de R$ 125,55. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou a R$ 118,83 por arroba. Em Minas Gerais, a arroba ficou a R$ 115,00.  Em Mato Grosso, o preço esteve a R$ 113,83 a arroba.
Os cortes no atacado ficaram em R$ 6,30 nos cortes de dianteiro e de R$ 9,26 nos cortes de traseiro.

ALGODÃO: tendência de queda

O mercado brasileiro de algodão continua apresentando fraca demanda ao final da segunda semana de abril, fato que pressiona as cotações domésticas. O preço da pluma CIF São Paulo gira em torno de R$ 2,09 por libra-peso, queda de aproximadamente 3% se comparado ao praticado em março, e retração de 6% frente a fevereiro. Ao final da primeira semana de abril, a libra-peso valia R$ 2,10.

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