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SOJA: clima ruim

As condições climáticas desfavoráveis ao desenvolvimento das lavouras de soja do Brasil alteraram o cenário do mercado em fevereiro. Em plena evolução da colheita, os preços da oleaginosa subiram no Brasil e no exterior.
A estiagem na maior parte da região produtora e o excesso de chuvas no Mato Grosso obrigaram institutos e consultorias a revisar suas estimativas para a safra brasileira.
No mercado interno, a saca de 60 quilos da soja em Passo Fundo (RS) subiu de R$ 66,00 em 31 de janeiro para R$ 71,00 em 27 de fevereiro. No mesmo período, a cotação avançou em Cascavel (PR)- de R$ 61,00 para R$ 67,00 -, em Rondonópolis – de R$ 56,00 para R$ 61,00 -, em Dourados (MS) – de R$ 58,00 para R$ 62,00 – e em Rio Verde (GO), passando de R$ 58,00 para R$ 63,00.
As cotações futuras em Chicago acumularam valorização de 9,62% para os contratos com vencimento em maio, no período. O preço pulou de US$ 12,68 para US$ 13,90 por bushel. Além da redução na expectativa de safra da América do Sul, o mercado também foi impulsionado pela manutenção de demanda firme pela soja dos Estados Unidos, em um período que, tradicionalmente, os compradores voltam suas atenções para o Brasil e para a Argentina.
BOI: alta de preços

Os preços no mercado interno de boi gordo apresentaram alta durante todo o mês de fevereiro. Essa situação é um reflexo direto do quadro de escassez de oferta que atinge o mercado justamente no período de safra.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a alta de preços se mostra generalizada, e deve se estender durante a primeira quinzena de março. A oferta de boi gordo permanece retraída nas principais regiões produtoras, o quadro ainda não apresentou sinais de melhora.
O bom volume de chuvas que ocorreu durante a semana passada melhorou a condição das pastagens. Mas, mesmo assim, o boi gordo ainda não está terminado, pelo contrário. Com a melhora da condição das pastagens, aumenta o potencial de retenção por parte dos pecuaristas que agora tem as condições necessárias para terminar o processo de engorda.
Mercado atacadista apresentou continuidade do movimento de alta durante a semana passada. A demanda segue muito expressiva neste início de ano, principalmente a demanda para exportação. Os frigoríficos seguem encontrando severas dificuldades para formar estoque. Esse quadro justifica com precisão todo o movimento de alta da carne bovina que vem ocorrendo ao longo do primeiro bimestre. Não é segredo que o foco do mercado permanece nas exportações.
A média mensal de fevereiro de preços em São Paulo foi de R$ 118,40 por arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em R$ 110,88 por arroba.  Em Mato Grosso, o preço permaneceu em R$ 100,83 por arroba.
MILHO: altas fortes

O mercado brasileiro de milho teve altas fortes devido à quebra da safra de verão e dificuldade de plantio de safrinha. Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, houve resistência à venda por parte do produtor consolidou a alta. “O produtor resistiu justamente por achar os preços muito baixos frente ao quadro de quebra de safra. Por outro lado, o comprador foi ativo no  mês.
A cultura do milho se encaminha para o final do ciclo no Rio Grande do Sul, restando apenas 17% ainda começar o processo de formação de grãos. A colheita atinge 40% do total. Com a ocorrência das recentes chuvas, pode-se dizer que a safra está praticamente definida, não devendo ocorrer maiores prejuízos daqui para diante.
Já em Brasília, o potencial de rendimento médio das lavouras de milho deve cair cerca de 20/25% por conta dos efeitos dos veranicos na região, segundo informações do departamento técnico da Padef. A colheita só deve iniciar no começo de março.
A média mensal de fevereiro foi de R$ 29,81 no porto de Paranaguá. No estado do Paraná, a cotação em Cascavel ficou em R$ 25,03. Em Goiás, preços em R$ 23,94,em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço em R$ 21,17 em Rondonópolis.
ALGODÃO: fraqueza nos preços

O mercado nacional de algodão em pluma segue travado ao final do mês de fevereiro. A fuga da parte demandadora do mercado, que entra somente para realizar necessidades imediatas, tem limitado muito a liquidez. “As indústrias devem voltar a negociar o algodão com maior firmeza em março”, aposta o analista de Safras & Mercado, Guilherme Tresoldi. “Só então os preços devem reagir”, pondera.
Preocupados com quedas ainda mais expressivas no preço da pluma, alguns vendedores a negociam a cotações mais baixas, estando mais flexíveis na negociação. No CIF de São Paulo, a pluma estava cotada em R$ 2,23/libra-peso no dia 27 de fevereiro. Se comparada a mesmo momento do mês anterior, quando estava indicada em R$ 2,27/libra-peso, a queda apontada era de 1,8%.
Na comparação com janeiro, houve avanço de 7,1% na média diária de receita e de 7,7% no volume. O preço recuou 0,5%. Se for comparado o mesmo mês do ano que passou, há redução de 61,4% na receita, recuo de 60,1% no volume e perda de 3,3% no preço.

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