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SOJA: preços em elevação

Os preços da soja subiram nas principais regiões produtoras do Brasil nesta semana, acompanhando o desempenho positivo das cotações futuras na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O ritmo dos negócios também melhorou, ainda que não seja uma movimentação uniforme.
A saca de 60 quilos subiu de R$ 68,00 para R$ 70,00 em Passo Fundo (RS), entre 6 e 13 de fevereiro. Em Cascavel (PR), o preço pulou de R$ 64,00 para R$ 66,00. A cotação também avançou em Rondonópolis – de R$ 57,00 para R$ 58,00 – , Dourados (MS) – de R$ 58,00 para R$ 60,00 – e em Rio Verde  (GO), de R$ 60,00 para R$ 61,00.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em marços tiveram valorização de 1,43% na semana, fechando a quinta, 13, a US$ 13,44 por bushel. Dois fatores vêm sustentando Chicago: a estiagem no Brasil e o forte ritmo das vendas americanas para o exterior.

BOI GORDO: oferta restrita

Os preços praticados no mercado interno do boi gordo voltaram a apresentar sustentação ao longo da semana. Na avaliação do analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, essa situação é um reflexo direto do quadro de escassez de oferta que acomete o mercado justamente no período de safra. “A alta de preços se mostra generalizada e deve se estender durante toda a primeira quinzena de fevereiro. Considerando o retorno às aulas como propulsor da demanda interna durante o período avaliado”, disse.
A oferta em todo o Centro-Oeste do país também apresentou forte retração durante todo o mês. A estiagem prolongada presente em algumas regiões produtoras é outro fator que agrava este panorama. “Vale ressaltar que como o boi ainda não está terminado há necessidade de adoção de um modelo de semiconfinamento, com o intuito de normalizar o ganho de peso dos animais. Essa situação acaba por aumentar os custos de produção, afinal o milho apresentou boa alta durante a última semana. Este é outro fator que acaba inflacionando os preços do boi gordo no mercado interno”, explica.
Os preços praticados no mercado atacadista voltaram a subir durante a primeira quinzena de fevereiro. Essa situação é um reflexo das escalas mais curtas, que afetam diretamente os estoques. Nessa linha de raciocínio, a expectativa é que os preços voltem a subir durante fevereiro, superando o padrão em que o mercado trabalhou durante o primeiro bimestre em anos anteriores.
“O retorno às aulas atua como impulso ao consumo durante o início do mês. Nesse sentido as carnes que apresentam melhor demanda nesse período são as de menor qualidade, nesse caso os cortes relacionados ao dianteiro e a ponta de agulha. Os preços desses cortes com osso já traduzem essa tendência com a alta apresentada no início desta semana”, completa Iglesias.
Em São Paulo, o mercado teve preço de R$ 118/119,00 por arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço subiu para R$ 110/111,00 por arroba. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 108,00. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 109,00. Em Mato Grosso, o preço se manteve em R$ 100,00 por arroba.

MILHO: mercado sustentado

O mercado brasileiro de milho apresentou uma semana de preços muito firmes e de negócios pouco movimentados, uma vez que o produtor esteve retraído, avaliando as condições climáticas, no aguardo de novos avanços nos preços.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, a exemplo do ocorrido na semana passada, novamente as atenções do setor estiveram focadas nas condições climáticas, que se mostram desfavoráveis em boa parte do país e que já configuram um quadro de quebras nos potenciais de produção da safra verão.
Molinari sinaliza que a condição de estiagem também vem impossibilitando o avanço significativo no cultivo da safrinha de milho, que em muitas regiões possui uma janela de cultivo curta em razão do risco climático.
Conforme o analista, para o curto prazo, essa trajetória de alta nos preços vai depender diretamente das chuvas previstas para a semana que vem. “Se não chover bem, os preços vão seguir firmes. Caso chova, é possível que haja uma acomodação nas cotações”, sinaliza.
A análise Safras & Mercado indicou que o preço do milho em São Paulo para venda, nesta quinta-feira (13), ficou em R$ 31,00 em Campinas, contra R$ 29,00 na semana passada. Em Goiás a saca de milho foi negociada em Rio Verde a R$ 23,50, alta de R$ 0,50 ante a semana anterior. Em Mato Grosso do Sul, a saca em Dourados foi vendida a R$ 21,50, ante R$ 21,00 na semana passada. No Mato Grosso, a saca foi vendida em Rondonópolis a R$ 21,00, mesmo valor da semana passada.

ALGODÃO: fraqueza

O mercado brasileiro de algodão em pluma vem operando com ligeiras quedas em suas indicações de preço. No CIF de São Paulo, a pluma era cotada em R$ 2,27 por libra-peso nesta quinta-feira (13), apontando queda de 0,5% frente o fechamento anterior. Em comparação a mesmo momento do mês anterior, a alta apontada ainda era de 4,6%.
As indústrias estão melhor abastecidas com as compras realizadas nas últimas semanas. “Isso tem feito o lado da demanda entrar com mais cautela no mercado, não aceitando os preços mais altos pedidos pelo lado da oferta”, explica o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento. Já os produtores seguem focados no plantio e manejo da nova safra.
A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2013/14 está estimada em 1,641 milhão de toneladas, avanço de 25,3% na comparação com as 1,310 milhão de toneladas indicadas na safra 2012/13. Os números fazem parte do quinto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2013/14, divulgado nesta terça-feira (11). No quarto levantamento, eram esperadas de 1,633 milhões de toneladas.
O Mato Grosso, principal Estado produtor, deverá colher uma safra de algodão em pluma de 921,6 mil toneladas, número que representa um avanço de 26% ante 2012/13, quando foram produzidas 731,3 mil toneladas.

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