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MILHO: preços firmes

A semana foi de manutenção de preços firmes no mercado brasileiro de milho. A oferta segue restrita. Além das preocupações com o clima para o plantio da safrinha, atenuadas pelas recentes chuvas, o foco está na colheita e comercialização da soja. Assim, as negociações com o milho, até por questões logísticas, como transporte, ficam deixadas de lado em muitos casos.
Assim, com a oferta controlada, quem precisa de milho para o curto prazo tem de pagar mais e os preços reagem a isso mesmo em período de colheita da safra de verão. As previsões indicam que as chuvas devem voltar mais à normalidade nas áreas de safrinha, o que inibe o fator altista climático nas cotações. Mas, enquanto o foco estiver na soja, a oferta do milho vai seguir restrita.

SOJA: alta no Brasil

Mesmo com o avanço da colheita e com a consequente elevação da oferta, os preços da soja seguem firmes no mercado brasileiro, acompanhando a sinalização externa. Preocupados com o possível menor potencial produtivo da safra brasileira, os vendedores se retraem e apostam em altas ainda mais consistentes, o que mantém o ritmo dos negócios arrastado.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos passou de R$ 70,00 para R$ 70,50 entre os dias 13 e 20 de fevereiro. Em Cascavel (PR), a saca passou de R$ 64,50 para R$ 65,50 no período. Em Rondonópolis, o preço subiu de R$ 58,00 para R$ 59,00.
As cotações subiram ainda no mercado de Dourados, no Mato Grosso do Sul, passando de R$ 60,00 para R$ 62,00. Em Goiás, na região de Rio Verde, o preço avançou de R$ 61,00 para R$ 62,50.

A alta interna acompanha a firmeza das cotações futuras na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), que atingiram os melhores níveis em cinco meses. O mercado externo tem sido impulsionado por dois fatores: o clima seco no Brasil e a ainda aquecida demanda pela soja americana. Os contratos com vencimento em março encerraram a quinta, 20, a US$ 13,50, contra US$ 13,44 por bushel da semana anterior.

A produção americana de soja em 2014/15 deverá totalizar 96,6 milhões de toneladas – 3,55 bilhões de bushels. A estimativa faz parte do quadro oficial de oferta e demanda dos Estados Unidos (USDA), resultando do Fórum Anual Outlook. Em 2013/14, os Estados Unidos colheram 89,4 milhões de toneladas.

O quadro confirmou o que foi antecipado ontem, no primeiro dia do Fórum. A área americana deverá crescer de 76,5 milhões para 79,5 milhões de acres. O preço médio deverá recuar de US$ 12,70 para US$ 9,65 por bushel. A expectativa inicial é de que os estoques pulem de 4 milhões de toneladas para 7,76 milhões de toneladas. O USDA projeta exportações em 2014/15 de 43,5 milhões de toneladas, superando as 41 milhões exportadas em 2014/15. O esmagamento deverá passar de 46,3 milhões para 46,9 milhões de toneladas.

ALGODÃO: fraqueza nos preços

O mercado nacional de algodão em pluma voltou a mostrar fraqueza nos preços nesta terceira semana de fevereiro, com baixo volume de negócios. “Compradores têm dificuldades em repassar a alta apontada nos preços em janeiro”, explica o analista de Safras & Mercado, Guilherme Tresoldi. “Alegam também que a qualidade apontada pela pluma é baixa”, completa.
Já os cotonicultores, temendo novas quedas nos preços, estão mais flexíveis na negociação do produto. “Com isso, os preços nacionais vêm apontando leves quedas nos últimos dias”, pondera o analista. No CIF de São Paulo, a pluma era cotada em R$ 2,25 por libra-peso no dia 20, ante R$ 2,27 no dia 13.

As exportações brasileiras de algodão somaram 9,8 mil toneladas até a segunda de fevereiro, com média diária de 1 mil toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 18,9 milhões, com média de US$ 1,9 milhão. O preço médio é de R$ 1.923,10 por tonelada. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio (MDIC).

Na comparação com janeiro, houve avanço de 0,7% na média diária de receita e de 0,8% no volume. O preço recuou 0,1%. Se for comparado o mesmo mês do ano que passou, há redução de 63,7% na receita, recuo de 62,6% no volume e perda de 2,8% no preço.

Já a média diária de importações de algodão ficou em US$ 2,035 milhões na segunda semana de fevereiro (dias 10 a 16). No acumulado do mês, a média fica em US$ 1,934 milhão, resultado 46,1% superior à média diária de dezembro, que foi de US$ 1,323 milhão. Na comparação com a média diária de fevereiro de 2013, de US$ 1,301 milhão, verifica-se um avanço de 48,6% na média diária das importações de algodão.

BOI: preços mantidos

Os preços praticados no mercado interno de boi gordo voltaram a apresentar alta nos últimos dias. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a situação é um reflexo direto do quadro de escassez de oferta que acomete o mercado, justamente em período de safra. A alta de preços se mostra generalizada, e deve se estender por todo o restante do mês.

A oferta em todo o Centro-Oeste do país apresentou forte retração durante a primeira quinzena de fevereiro. A estiagem prolongada em algumas regiões produtoras é outro fator que agrava o panorama. Como o boi ainda não está terminado, há necessidade de adoção de um modelo de semiconfinamento, com o intuito de normalizar o ganho de peso dos animais. Essa situação acaba por aumentar os custos de produção, afinal o milho apresentou boa alta durante a última semana, outro fator que acaba inflacionando os preços do boi gordo no mercado interno.

Há previsão de bom volume de chuvas na Região Centro-Oeste. Com isso, as pastagens devem ganhar qualidade, o que resultará em um aumento do potencial de retenção do boi gordo no pasto. Com a possibilidade de manter o boi gordo no pasto, os preços do boi gordo devem seguir em alta até o gado ganhar peso e estiver apto para o abate. Mas, conforme Iglesias, em algumas regiões ainda haverá necessidade de comprar outros insumos para completar a nutrição animal.

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