25.7 C
Rondonópolis
 
 

Safras & Mercado

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

safras

SOJA: preços firmes no Brasil

O mercado brasileiro de soja apresentou poucos negócios em outubro e preços firmes nas principais praças do país. Em Chicago, o avanço da colheita nos Estados Unidos pressionou as cotações. Já o câmbio mostrou-se desfavorável aos preços domésticos da soja na maior parte do mês, com o dólar reagindo apenas na última semana. Levantamento de SAFRAS & Mercado indica que o preço médio da saca de 60 quilo subiu de R$ 72,60 para R$ 73,60 entre setembro e outubro, em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a média passou de R$ 70,00 para R$ 72,80. Em Rondonópolis, a cotação média avançou de R$ 64,35 para R$ 64,75. Em Dourados (MS), a saca teve média de R$ 66,30 em outubro, contra R$ 63,60 em setembro. Em Rio Verde (GO), a média saiu de R$ 66,70 para R$ 67,95.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro recuaram de US$ 13,72 para US$ 12,87 por bushel, sentindo o impacto do avanço da colheita nos Estados Unidos. Além da boa evolução da colheita, os rendimentos obtidos superaram a expectativa inicial, adicionado pressão ao mercado futuro. A queda nos preços em Chicago só não foi maior devido à boa demanda pela soja americana. Compras por parte da China em ritmo mais acelerado do que o normal garantiram a sustentação das cotações em boa parte das sessões, apesar do balanço do mês ter sido negativo para a commodity.
Em outubro, o mercado também enfrentou um longo período de falta de informações, por conta da paralisação do governo americano, resultado do impasse na definição do orçamento. Durante três semanas, o mercado ficou sem informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o que prejudicou a  movimentação. Pela primeira vez em 40 anos, o USDA deixou de divulgar o seu relatório mensal de oferta e demanda. Inicialmente marcado para o dia 12, o importante relatório, que traria a revisão das estimativas de produção de soja, foi suspenso. Novos números só serão disponibilizados no dia 8 de novembro.

MILHO: mercado especulativo

O mercado brasileiro de milho esteve especulativo com a safra norte-americana e conturbado pela ausência de dados por parte do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em outubro. Internamente, o panorama foi neutro pela indecisão de venda por parte do produtor – que parece bem capitalizado – e a ausência de compras por parte do consumidor – que encontra-se bem abastecido para o curto prazo. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)  divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até  27 de outubro, a área colhida está apontada em 59%. Em igual período do ano passado, a área colhida equivalia a 91% e a média para o período é de 62%. Na semana anterior, o número era de 39%. A média de preços mensal de outubro no porto de Paranaguá ficou em R$ 24,49. No estado do Paraná, a cotação em Cascavel ficou a R$ 19,74. Em Minas Gerais, preço em Uberlândia a R$ 24,00. Em Goiás, preço a R$ 17,91, em Rio Verde. Em Mato Grosso, Sorriso, o preço encerrou a R$ 10,10.

BOI: boas escalas

O mercado físico do boi gordo iniciou a semana apresentando menor fluidez das negociações. O que parecia um movimento normal acabou se tornando em um sintoma de restrição de oferta. Os frigoríficos ainda atravessam por uma situação confortável, com as escalas de abate ainda bem posicionadas. Por conta disso, não atuam com agressividade nas compras. Entretanto, essa situação pode se alterar durante a semana de virada de mês.
Vale ressaltar que há grandes possibilidades do boi de safra chegar tardiamente ao mercado durante este ano, levando em conta a estiagem que ocorreu no Centro-Oeste no decorrer do segundo semestre. Com isso, deve ocorrer restrição de oferta justamente no período de maior demanda em todo o ano, o que pode resultar em boa alta dos preços praticados, segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Outro ponto a ser ressaltado é o ótimo desempenho das exportações ao longo do ano. Com o bom volume de embarques ocorre uma redução da disponibilidade interna da carne bovina, o que abre espaço para preços mais altos no mercado interno, tanto para a carne bovina, quanto para o boi gordo. A média mensal de outubro para os preços do boi em São Paulo foi de R$ 107,52 a arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em R$ 104,37. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 101,95. Em Mato Grosso, preço esteve a R$ 94,96.
No atacado, a média mensal ficou em R$ 5,27 nos cortes de dianteiro e de R$ 8,54 nos cortes de traseiro.

ALGODÃO: pressão externa

O mercado brasileiro de algodão chega ao final de outubro com preços em queda. No CIF de São Paulo, a indicação fica por volta de R$ 2,08 por libra-peso, a menor patamar desde o dia 08 de agosto de 2013. Comparado ao mesmo período do mês anterior, a queda acumulada é de 1%. “A atual fraqueza das cotações pode ser creditada à recente apreciação cambial e à queda nos preços internacionais”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.
No lado cambial, depois de atingir R$ 2,45 por dólar no último dia 21 de agosto, o padrão monetário norte-americano voltou a perder força e, na segunda-feira (28), fechou cotado a R$ 2,18. No mercado internacional, o contrato spot negociado na Ice Futures US (Nova York) encerrou a segunda-feira (28) rompendo o suporte de US$ 0,80 por libra-peso, cotado a US$ 0,78/libra-peso, o menor patamar desde 17 de janeiro de 2013. “A combinação destes dois fatores vem afastando os preços domésticos da paridade de exportação e, consequentemente, levando os agentes a se reposicionarem”, explica Bento. Pelos números de fechamento do dia 28, o algodão a R$ 1,99 por libra-peso no interior do Mato Grosso chegaria ao FOB de Santos/SP por volta de R$ 2,15/libra-peso. Com o câmbio de R$ 2,18 (na data) corresponderia a US$ 0,99/libra-peso, ou 25,3% superior à cotação de dezembro/13 na Ice Futures. Pela paridade de importação, a fibra norte-americana, cotada a US$ 0,79 por libra-peso na Bolsa de Nova York (dezembro/13 na ICE), com o câmbio de R$ 2,18 por dólar e com da TEC de 10%, chegaria ao CIF de São Paulo a R$ 2,42/lb (com ICMS). “O produto nacional é disponibilizado no mesmo mercado a R$ 2,33 por libra-peso, ou seja, teria espaço para apenas 4,0%”, pondera o analista.

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Onda de calor gera alerta para MS e parte do estado de SP; Sul de MT e de GO podem ser atingidos

Um nova onda de calor deverá manter as temperaturas elevadas em todo o Mato Grosso do Sul nos últimos...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img