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, 21 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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BOI: dificuldade em escalas

Os frigoríficos seguem encontrando dificuldades na composição de suas escalas de abate. Os pecuaristas permanecem em boa condição de reter o boi no pasto. Por conta disso, os preços apresentaram valorização no decorrer da semana, e essa tendência deve se manter ao menos até o encerramento da primeira quinzena de abril.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a previsão climática aponta para continuidade das chuvas na Região Centro-Oeste. Com isso, o pecuarista segue em boas condições de reter o boi gordo no pasto.
Além dessa situação, há de se considerar as complicações logísticas causadas pelo excesso de chuvas na região. A perspectiva é que esse quadro se altere quando o clima ficar seco. “Com isso haverá deterioração das pastagens, e o pecuarista não conseguirá reter o boi gordo no pasto de maneira adequada”, afirmou o analista. Até isso não ocorrer, o mercado permanecerá pressionado.
A média semanal de preços (08 a 11/04) em São Paulo foi de R$ 99,58 livre, a prazo. Em Mato Grosso do Sul, preço a R$ 94,67. Em Minas Gerais, a arroba ficou a R$ 91,51 livre, a prazo. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 90,50. Em Mato Grosso, preço em R$ 88,54.

MILHO: poucos negócios

O mercado brasileiro de milho teve uma semana de pouquíssimos negócios e com preços de estáveis a mais baixos. A fraqueza tanto no volume de compras quanto nos preços deve-se à entrada da safra verão, que é colhida no momento. “O comprador está se retraindo porque sabe que, com os trabalhos de colheita, as ofertas aumentam, e o preço, consequentemente, cai”, afirmou o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
As chuvas não deixaram a colheita transcorrer normalmente, entretanto, as poucas compras não conseguiram sustentar uma alta nos preços. Na quarta-feira (10), o mercado girou em torno do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de abril. Ele elevou os estoques finais de milho norte-americano na temporada 2012/13, confirmando as expectativas. A projeção de safra foi mantida, e as exportações apresentaram recuo.
Segundo o Departamento, os produtores dos Estados Unidos colherão 10,780 bilhões de bushels. Os estoques finais foram estimados em 757 milhões de bushels, contra 632 milhões projetados em março. O USDA cortou a sua estimativa para as exportações, que passaram de 825 milhões para 800 milhões de bushels. A utilização de milho para produção de etanol está estimada em 4,55 bilhões de bushels, contra 4,5 bilhões do relatório anterior.
A safra mundial está agora prevista em 855,92 milhões de toneladas, contra 854,07 milhões do relatório de março. Os estoques finais tiveram sua projeção elevada de 1117,48 milhões para 125,29 milhões de toneladas. A safra americana está estimada em 273,83 milhões de toneladas. A estimativa de safra brasileira foi elevada de 72,5 milhões para 74 milhões de toneladas. A China deverá produzir 208 milhões de toneladas, número inalterado.
Em toda a semana, o Porto de Paranaguá teve preço de R$ 25,00. Em Campinas CIF, o preço ficou em R$ 26/26,50. Em Minas Gerais, preço em Uberlândia ficou a R$ 24/24,50. Em Mato Grosso, Rondonópolis, teve preço a R$ 18/19,00. Em Goiás, preço cotado a R$ 23,50/24,50, em Rio Verde.

ALGODÃO: sinais de fraqueza

Com as cotações domésticas tendo alcançado a paridade de importação, o mercado brasileiro de algodão começa a dar sinais de fraqueza nos referenciais de preços. “Este comportamento deve ganhar força com a notícia de que a Camex aprovou na última terça-feira, dia 09, a isenção da alíquota para a importação de 80 mil toneladas de algodão, entre 01 de maio e 31 de julho”, explica o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento. Antes da desoneração, a alíquota do produto era de 10%.
A medida atende a reivindicações da indústria têxtil que encontra dificuldade de abastecimento. “O reflexo sobre as cotações nacionais dependerá do comportamento do lado da oferta”, frisa Bento. Entretanto, mantida a situação de preços internacionais e câmbio, as cotações domésticas já devem ter atingido o seu pico na temporada atual. Para o analista, o momento ainda é atrativo para negociar lotes remanescentes da safra velha. Nesta quarta-feira (10), a fibra de melhor qualidade foi indicada a R$ 2,14 por libra-peso no CIF de São Paulo.
O relatório de abril de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado dia 10, estimou a produção de algodão do país na temporada 2012/13 em 17,29 milhões de fardos, ante 17,01 milhões no mês anterior.
As exportações deverão ficar em 13 milhões de fardos em 2012/13, ante 12,75 milhões no relatório passado. O consumo interno foi previsto em 3,40 milhões de fardos, igual ao mês anterior.
Baseado nas estimativas de produção, exportação e consumo, os estoques finais norte-americanos foram previstos em 4,20 milhões de fardos para a temporada 2012/13, mesmo patamar do mês passado.
Para a temporada 2011/12, é esperada produção de 15,57 milhões de fardos, exportações de 11,71 milhões de fardos, consumo de 3,3 milhões de fardos e estoques finais de 3,35 milhões de fardos.

ARROZ: leve alta no RS

O mercado brasileiro de arroz oscilou positivamente nesta segunda semana de abril no principal referencial de preços para o país, o Rio Grande do Sul. No mercado gaúcho, a média de preços apontou leve alta de 0,3% até o dia 11, passando de R$ 30,62 para R$ 30,71 por saca de 50 quilos. Se comparado com o valor de um mês atrás, que era de R$ 32,22, ainda persiste desvalorização significativa de 4,7%. E frente a igual momento em 2012, quando a cotação média estava a R$ 26,47, há valorização de 16%.

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