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, 16 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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SOJA: trajetória de alta

Os preços médios da soja voltaram a subir nas principais praças de comercialização do Brasil durante o mês de novembro, estendendo uma trajetória ascendente iniciada em março. O bom desempenho do mercado externo novamente foi o propulsor das cotações. Com o plantio da nova safra praticamente finalizado, a movimentação teve um ritmo apenas moderado, com os produtores priorizando as negociações antecipadas, envolvendo soja da safra nova.
Levantamento de Safras & Mercado indica que o preço médio da soja – média Brasil – subiu de R$ 43,34 em outubro para R$ 46,67 em novembro. Em março, quando iniciou o processo de alta contínua nas cotações, a média era de R$ 31,51. Desde lá, a valorização é de 48,11%.
Nas principais praças de negociação do país, o comportamento foi semelhante. Em Cascavel (PR), a média passou de R$ 44,54 para R$ 48,57 entre outubro e novembro. No mesmo período, o preço médio pulou de R$ 44,98 para R$ 48,37 em Passo Fundo (RS). Em Rondonópolis, a saca de 60 quilos teve preço médio de R$ 47,19 em novembro, contra R$ 43,29 no mês anterior.
Este comportamento dos preços teve origem no desempenho das cotações futuras na Bolsa de Mercadorias de Chicago. A média dos contratos com vencimento em janeiro pulou de US$ 11,62 para US$ 12,50. Mas nos picos do mês, o bushel chegou a ser negociado em níveis superiores a US$ 13,00.
O cenário fundamental segue favorecendo a sustentação do mercado internacional da oleaginosa, combinando a demanda aquecida, principalmente da China, com oferta apertada e preocupações com o clima na América do Sul. A falta de chuvas em regiões produtoras da Argentina motiva especulações de uma safra sul-americana possivelmente menor do que a esperada.

MILHO: preços firmes

O mercado brasileiro de milho teve como principais características no mês de novembro os preços firmes e o bom volume de exportações – que aumentou em 14,9% em relação ao mês de outubro, conforme a Secex. Conforme o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, também houve atenção ao clima. “A expectativa com o clima mais seco na região Sul manteve os produtores com menor intenção de venda”, explicou.
No final do mês, houve a influência de venda de estoques por parte do governo. Porém, o interesse geral foi pequeno, em função da pouca qualidade dos estoques. No dia 2 de dezembro, a Companhia Nacional de Abastecimento-Conab, negociou, de um total de 405.000 toneladas ofertadas nos seis leilões, o equivalente a 30,59% da oferta.
As exportações de milho do Brasil renderam US$ 401,7 milhões em novembro (20 dias úteis), com média diária de embarques de US$ 20,1 milhões. A média é 22,3% maior na comparação com os US$ 16,4 milhões obtidos diariamente em outubro de 2010, quando os embarques de milho haviam rendido US$ 328,5 milhões. Em novembro do ano passado, as exportações totalizaram US$ 174,6 milhões, com média de US$ 8,7 milhões em embarques.
No Paraná, preços praticados ficaram em R$ 22,50/23,50, a saca em Cascavel, no oeste do estado. No Rio Grande do Sul, mercado também igual, em R$ 26/27,00 a saca, em Erechim. Em Minas Gerais, a saca foi cotada igual a R$ 26/27,00 em Uberlândia. Em Mato Grosso, preço de R$ 16/19,00, em Rondonópolis. Em Goiás, indicações de R$ 22/23,00 saca, em Rio Verde.

BOI: preço cai

Depois da alta acentuada de 16,13% de preço da arroba em outubro, no mercado paulista, o mercado físico brasileiro de boi gordo terminou novembro em declínio. A oferta, que até então se mostrava inferior à demanda, ganhou impulso ainda na primeira quinzena do mês, com a entrada de gado confinado de segundo turno e de gado de pastagem (mesmo que ainda leve), contribuindo para um melhor equilíbrio na composição dos abates nos frigoríficos. Em São Paulo, frigoríficos que vinham trabalhando com escalas de abate para dois dias, já indicam posições para cinco dias em média.
Por conta dessa maior oferta, o boi gordo fechou novembro cotado a R$ 106,00 arroba, de preço médio, livre, à vista, em São Paulo, contra R$ 111,00 arroba de abertura do mês (01/11), queda de 4,5%. Em Mato Grosso do Sul, a arroba fechou novembro a R$ 98/101,00, livre, à vista, contra R$ 101/102,00 de abertura do período. Em Mato Grosso, o mês terminou com a arroba a R$ 90/96,00 contra até R$ 97 de abertura. Em Goiás e em Minas Gerais negócios ficaram em R$ 99/100,00 arroba, livre, para pagamento em 30 dias, contra até R$ 102,00 do primeiro dia de novembro.
A queda de preço é brusca para um mercado que ainda tem uma situação de oferta ajustada e que dispõe do melhor movimento de demanda em dezembro, mas a demanda é fator de suporte nesse início de mês e será difícil trazer os preços do boi para R$ 100 arroba em São Paulo, como querem os frigoríficos, observa Paulo Molinari, analista de Safras & Mercado.
Conforme o analista, a alta do boi durou noventa dias, com o preço chegando ao auge no início de novembro, com a arroba a R$ 123,00, em São Paulo e os frigoríficos estão tentando baixar preços em 15 dias, numa velocidade tão expressiva quanto à do movimento de alta.
Embora considere a curva de baixa acentuada, Molinari observa que não se pode dizer que os atuais preços são ruins para uma entrada de safra. Explica que o atual quadro de mercado era esperado para janeiro e fevereiro e não para uma primeira quinzena de dezembro, em que a demanda é expressiva, mas ao que tudo indica, a demanda segue como fator de suporte para o boi nesse início de dezembro.
Essa demanda forte, inclusive, é que tem dado sustentação aos preços da carne no atacado. Mesmo com o boi gordo em queda e com os frigoríficos relatando a existência de estoques, o atacado da carne bovina terminou novembro em alta, com o traseiro cotado a R$ 8,60 quilo, recorde histórico para o mercado paulista, ante R$ 8,15 de abertura do mês.  O dianteiro, por sua vez, encerrou novembro a R$ 5,60, mesmo patamar de abertura.

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