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, 16 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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SOJA: comercialização ganha impulso

Os preços da soja mantiveram a tendência de alta durante o mês de outubro. As cotações subiram na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), principal referencial mundial para preços, e nas praças de comercialização do mercado físico brasileiro. Em termos de movimentação, os produtores aproveitaram a melhora nas cotações e negociaram antecipadamente boa parte da safra nova. No disponível, as vendas permaneceram praticamente paradas.
Levantamento de Safras & Mercado indica preço médio de R$ 44,87 para a saca da soja em Passo Fundo (RS), em outubro. Em setembro, a média havia ficado em R$ 43,02. Em Cascavel (PR), o preço médio pulou de R$ 41,40 no mês passado para R$ 44,41. Em Rondonópolis, a média também subiu, passando de R$ 40,52 para R$ 43,16.
Este comportamento dos preços acompanhou o desempenho da Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em novembro tiveram média de US$ 11,58 por bushel em outubro, contra US$ 10,61 de média em setembro. Mas em boa parte do mês o preço rompeu a barreira de US$ 12,00, fechando a US$ 12,25 no dia 28 de outubro.
A sustentação das cotações reflete a contínua e aquecida demanda pela soja americana, principalmente por parte dos chineses. Mesmo com a expectativa de aumento na oferta mundial, com a boa safra nos Estados Unidos e as perspectivas positivas para a safra sul-americana, o apetite chinês deu suporte às cotações da soja ao longo do mês.
Aliás, o atraso no início do plantio da safra brasileira ajudou a elevar as cotações internacionais. Ao final do mês, no entanto, as chuvas praticamente normalizaram e o plantio atingiu percentuais próximos à média. Segundo Safras, o plantio da soja na temporada 2010/11 atinge 28% da área esperada. No Mato Grosso, principal estado produtor, o atraso é mais consistente. Apenas 31% da área foi plantada, contra 55% de 2009 e 42% da média.

MILHO: preços em alta

O mercado brasileiro de milho teve preços em alta e redução de ofertas no mês de outubro. A expectativa foi forte com o clima no plantio da safra nova. Não choveu o suficiente para o bom andamento dos trabalhos.
A Conab vai realizar um leilão para a venda de milho em grãos para os pequenos produtores independentes ou semi-integrados de aves e suínos, com um consumo de 54 mil kg/mês, que usam o milho para a fabricação de ração destinada ao plantel. Os participantes deverão estar devidamente cadastrados a uma bolsa de mercadorias. A ação atende a demanda do setor produtivo do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. As informações são da Conab.
A decisão foi tomada após os produtores de milho pedirem que os leilões do produto fossem retomados o mais rápido possível, para acabar com a escassez momentânea do produto. O pedido foi feito ao ministro da Agricultura e Pecuária, Wagner Rossi, na reunião da Câmara Setorial do Milho e Sorgo, no auditório do ministério. Segundo o presidente da câmara, César Borges, inicialmente deverão ser ofertadas 1 milhão de toneladas do produto. O presidente não soube informar quando deverá ser editada a portaria interministerial que vai autorizar o reinício das vendas. Fontes adiantam que a (s) portaria (s) estão prontas.
Segundo César Borges foi discutido também o uso do milho para produção complementar do etanol, sendo uma alternativa para garantir o abastecimento do mercado durante a entressafra da cana-de-açúcar. Mas informou que as conversas com o governo estão em uma fase muito inicial e não existem dados sobre custos, investimentos necessários nem a vantagem comparativa do produto.

SUÍNO: valorização

O mercado brasileiro de suíno manteve a trajetória de valorização desse segundo semestre e fechou outubro em alta. O bom equilíbrio entre oferta e demanda tem dado sustentação às cotações, mas o mercado também encontra suporte na alta de preço da carne bovina, negociada a patamares recordes nesse final de outubro.
“A demanda é crescente. Muitos consumidores migram da carne bovina para a carne suína, devido aos altos preços do boi, ao passo que a oferta segue relativamente estável, comenta Felipe Netto”, analista de Safras & Mercado. Em São Paulo, a arroba do suíno fechou outubro cotada a R$ 63,00, alta de 6,78% na comparação com o patamar de R$ 59,00 de abertura do mês (01/10).
Cálculos do Instituto de Economia Agrícola-IEA, para o Indice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista – IqPR, mostrou que a carne suína está entre os produtos com as maiores altas de preço na 3ª quadrissemana de outubro. O preço recebido pela carne suína em São Paulo atingiu R$ 60,19 arroba no período, alta de 6,53% na comparação com igual período de setembro, quando a arroba foi cotada a R$ 56,50.
A exemplo do analista de Safras, o IEA atribui a alta de preço do suíno ao deslocamento do consumidor para outras carnes, diante da alta de preço da carne bovina. “Essa pressão manifesta-se com maior força sobre a carne suína dada a característica de substituto perfeito no segmento das carnes vermelhas. De outro lado, as exportações de carnes também pressionam os preços internos numa realidade de oferta limitada de alimentação, pasto para bovinos e milho para o frango”, avalia o IEA.
Para Felipe Netto, de Safras & Mercado, o bom momento de mercado interno terá continuidade pelo menos nos próximos dois meses, quando cresce a demanda por cortes de lombo suíno e pernil, em função das festividades de final de ano.
“O cenário segue firme. O movimento observado na semana, com vários ajustes altistas nos maiores estados produtores, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, deve ditar o ritmo dos negócios para o início de novembro”, destaca. Conforme o analista, a tendência é de que os preços se mantenham altos, sujeitos a novos reajustes.
Um fator que segundo Netto vem preocupando os produtores é a questão dos preços do milho, que impacta diretamente nos custos de criação, já que é componente da ração. “A expectativa de preços elevados no milho até o final do ano deve impactar também nos preços da carne suína, já que os produtores tendem a repassar os reajustes para o preço de venda”, observa. Do ponto de vista de mercado externo, diz que a preocupação dos exportadores continua sendo o câmbio desfavorável.

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