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MILHO: preços mais altos

O mercado brasileiro de milho teve uma semana com escassez de ofertas e preços mais altos. “Os lotes que surgem têm preços mais altos e encontram comprador mais facilmente”, afirmou o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, acrescentando que a valorização dos patamares tem a ver com o que vem ocorrendo desde julho; as boas exportações derivadas dos leilões passados.
As exportações de milho do Brasil renderam US$ 214,3 milhões em agosto (22 dias úteis), com média diária de embarques de US$ 9,7 milhões. A média é 324,8% maior na comparação com os US$ 2,3 milhões obtidos diariamente em julho de 2010, quando os embarques de milho haviam rendido US$ 50,4 milhões. Em agosto do ano passado, as exportações totalizaram US$ 63,5 milhões, com média de US$ 3 milhões em embarques.
A colheita do milho 2a safra já está toda finalizada no Mato Grosso e, com isso, os números finais de produtividade apresentam valores com 18% de redução, em média. E isso foi devido à forte estiagem que o estado sofreu entre os meses de março e abril, justamente na fase de enchimento de grãos.
No estado de Goiás a colheita está finalizada, com 100% das lavouras colhidas. No Mato Grosso do Sul, ainda restam algumas áreas a serem colhidas, no entanto, a colheita deverá ser finalizada entre essa semana, já que as condições meteorológicas estão favoráveis aos trabalhos de campo.
Nesta quinta-feira, preços ficaram em predominante alta. No Paraná, preços praticados ficaram a R$ 21/21,50 contra R$ 20/21,00 de quarta, no oeste do estado. No Rio Grande do Sul, mercado a R$ 24/25,00 a saca, em Erechim. Em Mato Grosso, preços a R$ 12,50/15,50, em Rondonópolis. Em Goiás, patamares a R$ 19/20,00, em Rio Verde.

BOI GORDO: novamente em alta

O mercado brasileiro de boi gordo teve mais uma semana de preços em alta. A oferta melhorou, ainda que aquém das necessidades, mas em seguida apresentou acomodação, o que manteve os frigoríficos  com escalas curtas, para quatro dias úteis na maior parte dos casos.
“A escassez de gado de reposição dificulta ainda mais a situação de mercado, enquanto a demanda segue aquecida”, comenta Fernando Iglesias, analista de Safras & Mercado.
Explica que a baixa oferta de animais para abate afeta sobretudo pequenos e médios frigoríficos, que seguem enfrentando dificuldades na composição das escalas, pois os contratos de boi a termo e o gado de confinamento estão na maioria em posse dos grandes frigoríficos.
Em São Paulo, indústrias de grande porte relataram escalas de abate para a semana de 24 de setembro. A arroba do boi gordo foi negociada a R$ 92/95,00, livre de Funrural, para pagamento em 30 dias, contra R$ 91/95,00 da semana anterior e R$ 89/94,00 da primeira semana de setembro. Em Mato Grosso do Sul, mercado fez negócios a R$ 86/88,00 arroba, livre, para pagamento em 30 dias, contra R$ 85/86,00 arroba da última quinta-feira (16).
Levantamento de Safras & Mercado em onze praças do país mostra que a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 85,94 de preço médio nessa quinta-feira (16), livre de Funrural, para pagamento em 30 dias, contra R$ 84,48 da semana anterior e R$ 83,47 de abertura do mês (02/09).
No mercado futuro de boi gordo, o boato de que o Irã teria suspendido a importação de carne bovina do Brasil, veiculado fortemente na quarta-feira (15), e depois descartado pela ABIEC, provocou impacto negativo no mercado. Nessa quinta-feira, no entanto, o movimento foi de recuperação, com os preços futuros do boi gordo fechando moderadamente mais altos na BM&F. O contrato setembro/10 encerrou em R$ 93,17, com valorização de 0,60%. O contrato outubro/10 fechou em R$ 92,47 com alta de 0,48% em relação ao último fechamento. O contrato novembro/10 encerrou em R$ 93,23, com avanço de 0,27% em comparação ao fechamento anterior.

ALGODÃO: mercado recua

O mercado brasileiro de algodão encerra a terceira semana de setembro descolado dos referenciais internacionais. “Apesar da forte alta em Nova York, o aumento da oferta e o menor interesse das indústrias reduziram a liquidez doméstica, causando perdas”, explica o analista de Safras & Mercado, Miguel Biegai.
Operadores sinalizam que muitos produtores estão ativos no mercado a fim de aproveitar as cotações – ainda em patamares elevados. “Mas a maioria dos compradores está adquirindo quantidade suficiente apenas para suprir a necessidade no curto prazo, pois a desoneração dos impostos a partir de outubro favorece as importações”, pondera o analista. Referenciais para o algodão padrão 41-4, CIF São Paulo, oscilaram de R$ 2,10 a R$ 2,12 por libra-peso, para pagamento em oito dias. Na semana anterior, a libra-peso valia entre R$ 2,26 e R$ 2,28.
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US) para o algodão atingiu o melhor patamar em 15 anos nesta quinta-feira (16), influenciado pelas exportações semanais norte-americanas sólidas. O mercado americano tem sido sustentado por contínuas compras por parte de fundos especuladores.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta quarta-feira a redução para zero da tarifa de importação de algodão para o volume de até 250 mil toneladas a serem adquiridas entre outubro de 2010 e maio de 2011. A informação foi divulgada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Segundo o ministro, a medida foi adotada porque os produtores tiveram quebra de safra. Além disso, não poderiam garantir o suprimento da industria, já que têm de honrar as vendas feitas por meio de ACCs (Adiantamento de Contrato de Câmbio). Anteriormente, a tarifa de importação do algodão estava fixada em 10%.
Para Biegai, a Camex está atendendo a uma solicitação veemente e urgente das indústrias têxteis brasileiras, que passam por dificuldades em virtude dos patamares altos da pluma no âmbito doméstico.

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