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, 16 junho 2024
 
 

Safras & Mercado

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SOJA: preços perdem força

Os preços da soja voltaram a recuar ao longo da semana nas principais praças de comercialização do país, seguindo a tendência de queda observada na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Diante das perdas externas, compradores e vendedores seguem retraídos e a movimentação tem sido pontual e envolvendo apenas pequenos lotes. As atenções dos produtores, neste momento, se voltam para a evolução das lavouras e para o início da colheita da nova safra.
Entre os dias 14 e 21 de janeiro, a saca de 60 quilos permaneceu estabilizada em R$ 42,50 em Passo Fundo (RS). No mesmo período, o preço baixou de R$ 39,00 para R$ 35,00 em Cascavel (PR). No Mato Grosso, na região de Rondonópolis, a cotação caiu de R$ 33,80 para R$ 32,00.
No mercado externo, os contratos voltaram a perder força em Chicago. O bom desenvolvimento da safra sul-americana e as perspectiva de safra cheia pesam, pelo lado da oferta, sobre as cotações. Em termos de demanda, as notícias também não favorecem as cotações. Dados divulgados ao longo da semana e recomendações governamentais indicam que a China irá restringir o crédito, priorizando o combate inflacionário ao crescimento econômico.
Para o mercado de soja, este sentimento é interpretado como uma menor procura pela oleaginosa ao longo de 2010. A China é o principal comprador mundial de soja. Diante deste cenário, os contratos com vencimento em março recuaram em Chicago, passando de US$ 9,84 no dia 14 para R$ 9,54 no dia 21, com queda de 3%. O outro referencial para a composição dos preços no Brasil, o câmbio, tomou caminho inverso. O dólar comercial valorizou 2% no período frente ao real, pulando de R$ 1,765 para R$ 1,801.

MILHO: mercado fraco

O mercado brasileiro de milho teve uma semana fraca de negócios e de pouco interesse comprador. Conforme o analista de Safras & Mercado, Eduardo R. Sarmento, o primeiro leilão do ano deve ocorrer no final de fevereiro. Dessa forma, os valores devem ficar baixos até lá. “Também, devem ocorrer poucas exportações, porque o milho internacional segue muito baixo”, explicou.
A oferta de milho nos Estados Unidos deverá ficar em 376,78 milhões de toneladas na safra 2009/10, segundo projeções de Safras & Mercado, levando em conta uma área plantada de 86,5 milhões de acres. Este volume é superior as 348,74 milhões de toneladas disponíveis na safra 2008/09.
A produção pode ficar em 334,04 milhões de toneladas, contra as 307,14 milhões de toneladas produzidas na safra 2008/09. O consumo esperado é de 331,98 milhões de toneladas, superior as 306,25 milhões de toneladas registradas em 2008/09.
O preço médio do cereal, estimado por Safras & Mercado, deve ficar entre US$ 3,25/3,85 por bushel, contra preço entre US$ 4,06 por bushel registrado na temporada 2008/09.
O plantio de milho da Argentina para a temporada 2009/10 avançou para 91% da área. Até o momento, a área cultivada atinge 2,811 milhões de hectares, de uma área total revisada de 3,095 milhões de hectares, informou a Secretaria de Agricultura do País (SAGPya, na sigla em espanhol). Em igual período do ano passado, o plantio estava 94% completo, em uma área total cultivada de 3,494 milhões de hectares. Da área total, cerca de 600 mil hectares equivalem à semeadura de forrageiras.
Nesta quinta-feira, no oeste do Paraná, preços em R$ 15,50/16,30, em Cascavel. No Rio Grande do Sul, mercado manteve-se a R$ 17,50/18,00, em Erechim. Em São Paulo, a saca ficou a R$ 16,80/17,30, na Mogiana. Em Mato Grosso, mercado a R$ 11,30/12,30, em Rondonópolis. Em Goiás, preços a R$ 14,10/15,00.

CARNE: preço do traseiro recua

A penúltima semana de janeiro foi de poucos negócios no mercado físico brasileiro de boi gordo. Nas principais regiões produtoras os preços pouco oscilaram no período, enquanto no atacado da carne, o menor consumo de janeiro deixou os preços estáveis a mais fracos.
Em São Paulo, a arroba foi cotada a R$ 74/77,00 bruto, nessa quinta-feira (21), patamares que repetem a semana anterior. O mercado paulista também fez indicações a R$ 71,00 arroba, livre, à vista, entre grandes frigoríficos, enquanto indústrias de pequeno porte seguem pagando de R$ 75 a 76,00 na arroba, livre de Funrural, a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a arroba oscilou entre R$ 68/72,00, patamares que também repetem a semana anterior. Em Goiás, mercado mais fraco, a R$ 69,00 arroba, contra R$ 71,00 da semana anterior e até R$ 72,00 de abertura de janeiro. Em Mato Grosso, preços seguiram estáveis em R$ 64/69,00 arroba.
“O mercado segue calmo, com pequenas oscilações de preços. A oferta de animais para abate diminuiu ao longo da semana em função dos preços pouco atrativos, mas os frigoríficos de modo geral indicam escalas para uma semana”, comenta Fernando Iglesias, analista de Safras & Mercado.
No atacado paulista da carne, os preços oscilaram de estáveis a mais baixos. A boa demanda de dezembro deu lugar a uma comercialização bem mais moderada, comum nos dois primeiros meses do ano em função das férias escolares, e com isso o atacado perde sustentação. Os cortes casados de traseiro e dianteiro foram cotados a R$ 6,00 x 3,40 nessa quinta-feira (21), contra R$ 6,25 x 3,40 da semana anterior.
“Os negócios ocorrem de forma lenta. Uma recuperação dos atuais níveis só deve ocorrer a partir de meados de fevereiro com o final das férias escolares”, comenta Iglesias.
Um dos destaques de mercado na semana ficou por conta da apresentação pelo MAPA nessa quinta-feira (21), da proposta para o novo Sisbov durante reunião do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), em Brasília. Durante a reunião, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa explicou que um dos motivos que levaram à mudanças no Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) foi a busca de simplificação das normas oficiais, que devem ser praticadas pelo produtor brasileiro. Também está prevista a implantação de tecnologias para aprimorar esse serviço e assim atender às exigências do comércio importador. O documento foi submetido a consulta pública entre 21 de dezembro de 2009 a 19 de janeiro último, em atendimento a Lei Federal de Rastreabilidade Animal.

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