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, 10 maio 2024
 
 

Jovem usa internet na luta contra violência sexual na Índia – 09h27′

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Uma estudante indiana de 24 anos decidiu lutar contra a violência sexual em seu país através da internet, abrindo uma janela que permita às vítimas saber o que fazer caso sofram abusos sexuais.

Estudante de direito e graduada em Psicologia e Ciências Políticas, Trisha Shetty decidiu criar um site após se surpreender que no Google era possível encontrar todos os tipos de informações sobre restaurantes e tempo livre, mas não o que fazer caso seja uma vítima de uma agressão sexual.

“A falta de informação não deveria nos deter na hora de atuar”, disse à Agência Efe Trisha Shetty, fundadora e diretora do portal “shesays”, uma página que entrará em funcionamento em um mês e que já está dando o que falar na Índia.

Para ela, “é surpreendente que a internet ofereça respostas a quase tudo, mas não para isto”.

Shetty acredita que somente o ato de proporcionar informação empodera uma pessoa, faz ela ser menos dependente e outorga mais controle sobre sua situação.

“Shesays” começará em Mumbai e contará com versões em Nova Délhi, Bangalore e Pune. Na página, serão explicados todos os procedimentos a seguir caso seja vítima de um estupro ou assédio.

“É uma forma de lutar dentro do sistema, de usar o sistema a nosso favor”, afirmou Shetty, que sustentou que “as manifestações fazem muito barulho, mas não levam a nada construtivo”.

As informações sobre estupros na Índia aparecem todos os dias nos meios de comunicação, fruto da consciência criada pelo estupro coletivo e morte de uma estudante universitária em Nova Délhi em 16 de dezembro de 2012.

Essa estupro gerou múltiplos protestos e abriu um debate sem precedentes sobre a situação da mulher no país, o que levou o governo a endurecer as leis contra os agressores sexuais.

Desde então, as denúncias por delitos contra mulheres não pararam de aumentar (18,3% durante o ano passado) devido à conscientização sobre este tipo de violência.

Mesmo assim, ativistas como Ranjana Kumari, diretora do Centro de Pesquisa Social de Nova Délhi, consideram que a grande maioria dos casos de agressões sexuais não são reportados à polícia no país asiático pelo estigma social.

Shetty, que não se define como uma feminista mas como uma pragmática, também tem em mente recorrer às redes sociais como Twitter, Facebook e YouTube para pôr em evidência os pequenos abusos cotidianos em forma de comentários sexistas ou atritos físicos sofridos pelas mulheres em seu país.

“Temos um nível de tolerância muito alto perante os abusos contr mulheres. A tolerância destes comportamentos levam a coisas maiores”, sentenciou a jovem.

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