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Rússia interveio na Ucrânia sob alegações falsas, diz ONU – 14h43′

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GENEBRA – Cidadãos ucranianos de origem russa usaram falsas alegações de que estavam sob ataque para justificar uma intervenção do Kremlin no Leste da Ucrânia, afirmou o escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos em relatório publicado nesta terça-feira. O órgão alerta para a possibilidade de que tal propaganda afete as eleições presidenciais ucranianas, marcadas para 25 de maio.

– Embora tenham ocorrido ataques contra a comunidade russa, eles foram espontâneos e ocasionais – afirmou o vice-secretário-geral para Direitos Humanos, Ivan Simonovic. – Fotografias dos protestos exageraram imensamente os relatos de agressões por parte de extremistas nacionalistas ucranianos, e tais relatos foram usados para criar um clima de medo que se refletiu no apoio à integração da Crimeia na Federação Russa.

A Rússia – que nesta terça-feira afirmou que a Ucrânia estava à beira de uma guerra civil – condenou o relatório, classificando-o como unilateral e afirmando que o documento parecia “fabricado para se encaixar em conclusões pré-determinadas”.

Em um comunicado, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, declarou que o relatório “omite fatos que mostram que as atividades das ‘novas’ autoridade ucranianas foram realizadas numa atmosfera violenta e desprovida de lei desde o início”, e que o documento também ignora “o crescimento descontrolado do nacionalismo e do neonazismo agressivo” no país.

O relatório da ONU destacou a importância do respeito ao Estado de Direito e aos direitos humanos, e pediu o fim dos “discursos de ódio”, como os de retórica nacionalista e de apologia ao ódio racial e religioso. O envolvimento do grupo nacionalista de extrema-direita “Setor direito” nos protestos foi investigado, mas, segundo o relatório, o medo causado pelas ações do grupo foi desproporcional.

– Não temos evidências de fatos que possam preocupar a população ucraniana de origem russa – afirmou o chefe do escritório nas Américas, Europa e Ásia Central, Gianni Magazzeni.

O relatório afirma ainda que a ONU investiga “alegações críveis” de que jornalistas e ativistas que não apoiaram o referendo de secessão da Crimeia foram vítimas de assédio, prisões arbitrárias e torturas. Segundo o documento, funcionários das Nações Unidas receberam “muitos relatos de fraude eleitoral”, durante o referendo de 16 de maio.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon conversaram ao telefone sobre a crise na Ucrânia. Putin disse ao secretário-geral que a Rússia “espera que as Nações Unidas e a comunidade internacional condenem claramente as ações militares de Kiev”. Em comunicado, o secretário afirmou que “qualquer aumento na crise será profundamente prejudicial a todos os envolvidos, e que todos deveriam trabalhar para minimizar a situação”.
Eslováquia oferece ajuda à Ucrânia

Maior esperança dos ucranianos caso o fornecimento de gás natural seja cortado pela Rússia, a Eslováquia afirmou nesta terça-feira que poderia reativar um pequeno gasoduto que tiraria gás da rota normal, levando-o de volta à Ucrânia. No entanto, o país não aceitou o pedido de Kiev para que o fluxo de um dos principais gasodutos europeus que carregam gás russo seja revertido, o que violaria o contrato eslovaco com a estatal russa Gazprom.

O ministro ucraniano da Economia, Yuri Prodan, afirmou que a medida não garantiria gás suficiente para suprir a demanda do país.

– Juntamente com os acordos que temos com Hungria e a Polônia, isso nos dá alguma segurança, mas digo abertamente que, na atual situação, que é bastante excepcional, precisamos de muito mais.

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