Nada de boas-vindas

O Vila Aurora, em minha opinião, não terá a mínima chance, na tarde de hoje, no confronto com o Guarany de Sobral no estádio do Junco. A não ser que eu esteja redondamente enganado. A princípio, não vejo no time de Rondonópolis condições de quebrar a invencibilidade do “Cacique do Vale” nos jogos dentro de casa. Durante esses dias repeti, exaustivamente, que o Vila pode na verdade é viver um verdadeiro inferno dentro do Junco, local da partida.
Falo isso, diante de vários aspectos. O primeiro e mais importante é o aspecto psicológico. O Vila entra em campo em desvantagem em razão de ter perdido a primeira partida desta fase em casa. O peso de uma derrota como foi aquela, no primeiro jogo, mexe com o lado psicológico dos jogadores. O Guarany entra em campo com uma vantagem que é difícil tirar. Um time com a qualidade deles não toma dois gols fácil em casa e dificilmente deixa de marcar. O ataque do time cearense é rápido e eficiente.
Outro aspecto que me leva a crer que o Vila não reverte o placar está na questão da distância entre  Ceará e Rondonópolis. O peso da viagem que é longa reverte no campo e nada mais normal do que o Tigre da Vila sentir isso.
Soma-se ao calor de Sobral, que é forte, mesmo o jogo sendo às 17 horas. Anteontem, eu conversei com o técnico Carlos Rufino sobre esse assunto. Rufino que é nascido e criado em Rondonópolis, uma cidade quente como todos nós sabemos, sentiu o clima de Sobral. “Aqui dá a impressão que estamos com um 200 graus”, disse o técnico.
Mas, o que mais me deixa preocupado é a pressão de jogar no Junco. Lá a torcida vai em massa, incentiva, faz pressão e deixa o adversário acuado. O Santa Cruz e o Sampaio Correa sentiram na pele o que é jogar no Junco.
Pelo que as pessoas dizem, o Junco está para o Nordeste como o La Bombonera (estádio do Boca Juniors da Argentina) está para a América do Sul. Um lugar onde os visitantes jamais são bem-vindos. O que resta dizer neste momento é: boa sorte ao Vila e que retorne vivo desta batalha.