Chama a atenção a decisão da Prefeitura de Rondonópolis em alterar o projeto de implantação dos novos semáforos que serão colocados no quadrilátero central da cidade.
Como mostrou reportagem do A TRIBUNA da edição desta quinta-feira (23), depois de muita promessa da modernização do seu sistema semafórico, o Município resolveu abrir a licitação para contratar a empresa que fará o serviço, contudo, um novo projeto foi feito, diferente do anterior e com custo bem inferior.
Essas mudanças causam estranheza e deveriam ser melhor explicada pela Prefeitura. Além disso, há de se questionar se, já que a modernização do sistema foi empurrada com a barriga por tanto tempo pela atual gestão, não seria melhor deixar a decisão de como fazer essa “modernização” para o próximo prefeito?
Primeiro, o que é estranho é a Prefeitura vender a ideia de que iria modernizar o sistema semafórico da cidade, que tanto realmente precisa, implantar os tais “semáforos inteligentes” com o que existe de mais moderno em tecnologia, e agora no final das contas lançar uma licitação, praticamente na surdina, sem nenhum tipo de alarde, que não prevê mais os tais “semáforos inteligentes”, e sim somente a instalação de novos equipamentos. Não vai ter tecnologia avançada.
Pelo que tudo indica será mais do mesmo. A diferença é que o centro da cidade terá todos os semáforos iguais e não mais a diversidade de modelos atual existente. Visualmente deve melhorar, mas na gestão do tráfego, que é o que interessa, funcionará?
Ainda, há de se considerar que com a mudança no projeto, a implantação do novo sistema semafórico que antes iria custar R$ 16 milhões, agora saíra por aproximadamente R$ 6 milhões. E esse é outro ponto que chama a atenção, afinal, serão R$ 10 milhões a menos. Será que isso é mesmo uma economia inteligente ou uma redução de custos que se tornará mais cara no futuro?
O que é preciso pensar é que Rondonópolis vem crescendo e o trânsito necessita de investimentos que venham para melhorar a mobilidade e a trafegabilidade.
Não seria então justo que se investisse no que existe de mais avançado em tecnologia pensando na cidade nos próximos anos? Ou será que nesta gestão do José Carlos do Pátio, só não há economia de verba é para fazer praças?
São questionamentos que precisam ser feitos. A Prefeitura deveria explicar essas mudanças e o que as motivaram. A população tem direito de ser informada. Até porque, esse tipo de decisão deveria ser tomada de forma transparente e não na surdina como faz agora a administração.
