O Pronto Atendimento Infantil vivencia, atualmente, duas situações distintas e ambas preocupantes. De um lado, o Ministério Público do Estado cobra que sejam promovidas melhorias estruturais na unidade para resolver irregularidades constadas em inspeção realizada ainda em 2022.
Por outro, a municipalidade precisa equacionar o problema do estrangulamento dos atendimentos, já que não vem conseguindo atender a demanda atual. São duas situações diversas, mas que mostram que o Município precisa repensar o seu serviço de atendimento médico infantil.
Com relação ao MPMT, que quer firmar um acordo com o Município para que este sane as irregularidades encontradas, como falta de Plano de Intervenção de Incêndio, bem como adote práticas seguras na administração dos medicamentos e realize limpeza e desinfecção de objetos, equipamentos e instalações, as medidas visam garantir mais segurança aos pacientes e trabalhadores e atender as normas sanitárias.
São medidas importantes e que a Prefeitura já deveria ter adotado desde sempre. Até porque são fundamentais para fornecer um serviço de saúde digno para a população.
Já, a questão do estrangulamento nos atendimentos do PA Infantil é resultado de um outro problema que também deve ser enfrentado com urgência, que é o fato da estrutura atual da unidade não conseguir mais atender adequadamente a demanda.
O espaço não permite que se amplie o atendimento. Não há leitos suficientes, não há salas para observação suficientes, para que se aumente o número de médicos e enfermeiros.
O que não pode mais acontecer é que ano após ano a situação se repita e vá se agravando continuadamente. Medidas paliativas só servem para resolver o problema temporariamente e não sendo definitivas. E é isso que vem sendo feito nos últimos anos.
É fundamental que a Prefeitura invista na melhoria do serviço prestado. Amplie a quantidade de profissionais de saúde para atender adequadamente a demanda, aumente os equipamentos médicos necessários para realização de exames em unidades básicas como forma de descentralizar esse serviço e desafogar as emergências como PA Infantil e UPA. Sem isso, problemas como o atual vão continuar a se repetir e a população é que será sempre a mais afetada negativamente.