Já são passados mais de oito anos e o Plano Diretor Municipal de Rondonópolis segue empacado. Desta vez, os projetos de lei estão parados na Câmara de Vereadores aguardando a segunda votação e a análise das mais de 90 emendas que foram propostas pelos parlamentares e pela sociedade local.
O que não se sabe é se realmente os vereadores vão finalizar as votações esse ano, até porque é ano eleitoral e as ações dos legisladores parecem estar quase que exclusivamente voltadas para o pleito.
Infelizmente, essa é uma realidade que pode fazer com que o Plano Diretor permaneça empacado por tempo indefinido, o que seria muito prejudicial para a cidade, que já deveria contar com um novo plano diretor em vigência desde 2016. Esse atraso não contribui em nada.
Não se pode esquecer que é o Plano Diretor do Município que norteia o desenvolvimento, o crescimento urbano ordenado, a sustentabilidade, a preservação ambiental, e por tudo isso, é uma lei fundamental.
Rondonópolis não pode mais se basear em leis aprovadas ainda em 2006, quando o município vivia outra realidade. Sem o novo Plano Diretor em vigência, a cidade só tem a perder.
É claro que a lei que será aprovada precisa estar de acordo com a realidade local, bem como garantir um desenvolvimento ordenado e sustentável para o município, e os debates travados ao longo dos anos foram muito importantes. Agora cabe aos vereadores definirem o melhor caminho que será adotado.
Além disso, é preciso recordar que o Plano Diretor vem sendo bastante debatido ao longo dos últimos 8 anos. Foram várias as discussões e os embates até chegar aos projetos e as emendas que hoje estão na Câmara Municipal.
Portanto, é de se crer que o legislativo municipal já tenha as ferramentas adequadas para tomar as decisões necessárias.
Agora é primordial que os vereadores voltem a se focar na necessidade de aprovar as leis que vão compor o novo plano diretor o mais breve possível, ainda que esse seja um ano de eleição municipal. Essa página precisa ser virada.